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O Primeiro ministro palestino apresentou pedido de demissão de seu governo

Primeiro ministro palestino, Rami Hamdallah, pede demissão do cargo. (Foto: Hazem Bader / AFP)

O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, apresentou nesta segunda-feira (28) a renúncia de seu governo, em um contexto no qual o presidente Mahmud Abbas tenta formar uma nova coalizão.

Analistas consideram a medida do presidente Abbas como outra maneira de isolar seus rivais islamitas do Hamas.

Hamdallah “coloca seu governo à disposição do presidente Mahmud Abbas”, declarou um porta-voz do governo em um comunicado.

Hamdallah reiterou essa questão durante uma visita a Hebron, sul da Cisjordânia ocupada, mas assegurou que não se tratava de marginalizar o Hamas.

“Esperamos que todas as organizações palestinas participem desse (novo) governo e convoco o Hamas a fazer parte dele”, declarou.

Hamdallah propôs em várias ocasiões a renúncia de seu governo, sem que tenha entrado em vigor.

O governo é a emanação da Autoridade Palestina, uma entidade interina reconhecida internacionalmente e que deve prefigurar um Estado independente que incluiria a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, separadas pelo território israelense.

O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007 depois de uma luta fratricida com o Fatah de Abbas.

O Fatah predomina na Autoridade, após a recusa da comunidade internacional em reconhecer a vitória dos islamistas nas eleições parlamentares de 2006.

A Autoridade governa atualmente apenas setores da Cisjordânia ocupada.

O atual governo estabelecido na Cisjordânia é o vestígio de um gabinete de personalidades independentes que o Fatah e o Hamas concordaram em criar em 2014, quando as duas formações anunciaram sua reconciliação.

O comitê central do Fatah recomendou no domingo à noite a formação de um novo governo formado por membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), uma entidade internacionalmente reconhecida que representa os palestinos nos territórios e na diáspora.

O Hamas não faz parte da OLP.

As divisões entre os palestinos são consideradas um dos principais obstáculos para tentar acabar com o conflito com Israel.

JB

 

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