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Partidos se articulam contra projeto de excludente de ilicitude

(Foto: Gustavo Bezerra)

 As lideranças de vários partidos do centrão estão articulando um bloco comum para derrubar o projeto de lei do governo Jair Bolsonaro que cria o excludente de ilicitude em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Os parlamentares temem que o projeto se transforme em e uma espécie de licença para matar, podendo ser empregado até mesmo na repressão a manifestações populares.

Segundo reportagem do jornal O Globo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, teria manifestado preocupação a interlocutores com o cunho autoritário do projeto. Para muitos parlamentares o texto possui semelhanças com um decreto feito pela autoproclamada presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, que isentou policiais que participaram da repressão às manifestações que se espalharam pelo país e que resultaram em um golpe de Estado contra o presidente Evo Meirelles.

Ainda conforme a reportagem, a avaliação é que o projeto enviado ao Congresso pelo governo Bolsonaro não está vinculado à pauta da segurança pública e serviria apenas para ampliar a repressão contra manifestações políticas.

“Já dei uma olhada e o projeto autoriza qualquer um a atirar. Numa manifestação, como está acontecendo no Chile, as forças de segurança poderiam atirar. É um projeto que pode incitar a violência no Brasil”, disse o líder do Podemos, José Nelto (GO).

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