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Roteiros literários para conhecer as múltiplas faces da Inglaterra

Vestir-se à caráter é tradição no Jane Austen Festival de Bath

LONDRES – Estar na Inglaterra é reconstruir com os sentidos as memórias formadas graças à ficção, no cinema ou na literatura. Uma rua não é só uma passagem: por ali, a aclamada escritora Jane Austen (1775-1817) pode ter passado e se inspirado. Talvez você reconheça o lugar pelos passos de Elizabeth Bennet, a feminista de olhar à frente de seu tempo que protagoniza Orgulho e Preconceito – mas nada como seguir o exemplo da personagem e pisar na lama com seus próprios pés.

Um descuidado pode passar pelo número 221B da Baker Street, endereço do detetive mais famoso de todos os tempos, e acreditar que Sherlock Holmes realmente esteve lá. Elementar, caro leitor: o endereço está repleto de evidências – e os ingleses dificilmente negarão.

Não se confunda: os jovens ingleses de cachecóis coloridos que passam pela estação King’s Cross não são estudantes de Hogwarts, a escola de bruxaria onde estudou Harry Potter (embora pudessem ser). Afinal, parte de suas instalações está logo ali, pertinho de Londres, acessíveis a quem quiser ver. Difícil acreditar que em 2017 se completam 20 anos desde que a saga do bruxinho chegou às livrarias.

Nas páginas ou na telona, a ilha confunde quem ousa desbravá-la, misturando ficção e realidade com a maestria dos grandes escritores. Em busca dessas nuances, percorremos (ou folheamos) um roteiro que vai da abarrotada Trafalgar Square, na capital inglesa, à calmaria de Bath, onde viveu Jane Austen.

 

LUIZ FERNANDO TOLEDO

 

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