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UBALDO: UM GRAMSCIANO DO PALCO À POESIA

Revista literária homenageia Cezar Ubaldo

Nosso amigo recebeu uma bela homenagem da revista Tocandira, merecida. Um reconhecimento que os órgãos de cultura de sua terra ainda não o fez.

Vamos conhecer o Editorial da revista que apresenta o nosso escritor, ator e poeta.

EDITORIAL

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. (DRUMMOND)

Observando o que dizia o poeta mineiro, comprometido com a poetização, real e interconectada com o mundo, é que apresentamos a terceira edição desta ferroada literária, a Tocandira.

“Vamos de mãos dadas” tratar da literatura acontecendo no tempo presente.

Primeiramente, faremos em Articulações (p. 4-5) um brevíssimo passeio sobre a obra de Marcel Franco (1983-), autor que, segundo a crítica, “descreve sua experiência do dia a dia, revelando momentos, imagens, situações da vida e seus desdobramentos no cotidiano de todos nós”.

Ainda sob o viés da manifestação da poesia engajada com a realidade humana, veremos na seção especial Entrevista (p. 6-13) os relatos do poeta Cezar Ubaldo (1950-) que falam do itinerário artístico do autor, no qual se visualiza um fragmento importante da nossa realidade brasileira, não muito distante (pós 1950), que foi vivenciado e que, sem dúvida, muito tem a nos dizer e contribuir para o nosso presente, não só literariamente, mas socialmente, culturalmente, etc. Ubaldo, assim como Drummond, não foi nem será “um poeta caduco”.

E, como não caducaram os empreendimentos artísticos tanto de Ubaldo quanto de Marcel é que, surpreendentemente, você verá o que anda fazendo estes poetas de hoje em Reverberações (p. 14-15). Ambos os autores consideraram esta nossa enorme Era Tecnológica e lançaram (junto com Vania Lopez) o Manifesto da Poesia XXI, e, com isso, vislumbram uma produção poética antenada com os avanços digitais, “as sociedades globalizadas, ao pensamento e aos modos de vida do homem contemporâneo”.

Para não dizer que não falamos de flores, a Tocandira traz também uma abordagem sobre os arautos da vida cor de rosa: Khalil Gibran e Paul Géraldy (p. 16-18). Os dois brilhantes escritores deixaram, em suas obras, significativas contribuições para vivermos um grande amor: o que, também, é importante para continuarmos de “mãos dadas” neste mundo de agora tão desencantando afetivamente.

Também faremos uma viagem pelo conto de Marcel Franco (p. 19), para não esquecermos que nós somos hoje graças ao seio que nos gerou: não é preciso viver cantando o passado, mas devemos lembrar, vez em quando, que temos um passado com alguém que nos motivou as nossas grande conquistas e que no leva a continuar nosso caminho por esse mundo de meu Deus.

E, assim, com diz Cezar Ubaldo, na seção final (p. 20), quem sabe se façam “chuvas de luz” e um “verdadeiro despertar” na vida da gente.

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