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Bolsonaro diz que seu exame de coronavírus deu negativo

Fabio Wajngarten (na direita) em foto com Donald Trump na visita que Bolsonaro e sua comitiva fizeram à Flórida no último fim de semana — Foto: Redes Sociais

O Palácio do Planalto informou nesta sexta-feira (13) que o exame para detectar a presença do novo coronavírus no presidente Jair Bolsonaro, de 64 anos, deu negativo.

Bolsonaro fez o exame nesta quinta (12), mesmo dia em que o secretário de Comunicação Social do governo, Fábio Wajngarten, fez um teste que deu positivo para o novo coronavírus. Em um vídeo transmitido ao vivo em uma rede social na noite de quinta, o presidente apareceu usando máscara.

Fábio Wajngarten integrou a comitiva brasileira que acompanhou Bolsonaro, nesta semana, em viagem à Flórida (EUA). Outros membros da comitiva também fizeram o teste. O grupo teve encontros com o presidente norte-americano, Donald Trump, que participou de um jantar com Bolsonaro e integrantes da comitiva. Wajngarten chegou a posar para fotos ao lado do mandatário dos Estados Unidos.

Nesta quinta, após saber da confirmação da presença do coronavírus em integrante da comitiva brasileira, Trump afirmou não estar preocupado pelo fato de Jair Bolsonaro estar sob monitoramento do vírus.

“Jantamos juntos em Mar-a-Lago, na Flórida, com a delegação inteira. Não sei se o assessor de imprensa [Wajngarten] estava lá. Se estava, estava. Mas não fizemos nada fora do usual. Sentamos perto por algum tempo, tivemos uma ótima conversa”, afirmou Trump. “Acredito que [os integrantes da comitiva] estejam sendo testados agora. Deixa eu colocar da seguinte maneira: não estou preocupado”, acrescentou.

Fabio Wajngarten (na direita) em foto com Donald Trump na visita que Bolsonaro e sua comitiva fizeram à Flórida no último fim de semana — Foto: Redes Sociais
Fabio Wajngarten (na direita) em foto com Donald Trump na visita que Bolsonaro e sua comitiva fizeram à Flórida no último fim de semana — Foto: Redes Sociais

Além de Jair Bolsonaro, a família dele, políticos e membros do governo que viajaram para os Estados Unidos no último sábado (7) fizeram exames para identificar se contraíram o novo coronavírus.

Casos no Brasil

Na sexta-feira passada (6), quando o Brasil tinha 13 casos confirmados da doença — nesta quinta-feira (12) o Ministério da Saúde confirmava 77 casos —, Bolsonaro afirmou em um pronunciamento na TV que, ainda que a crise do novo coronavírus pudesse se agravar, “não há motivo para pânico”.

Nesta quinta, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional de TV. Na fala, o presidente disse que, embora as manifestações marcadas para o próximo dia 15 sejam “legítimas e espontâneas”, devem ser repensadas porque não se pode colocar a saúde da população em risco.

Líderes de outros países

O presidente Bolsonaro foi o primeiro líder de um grande país a publicamente anunciar que foi infectado pelo Covid-19, o coronavírus.

No entanto, há outras autoridades que já foram infectadas, como o ministro do Interior da Austrália e o vice-presidente do Irã.

Austrália

O teste feito em Peter Dutton, o ministro de Assuntos Internos da Austrália, deu positivo nesta sexta-feira (13).

“Eu me sinto bem e vou providenciar uma atualização no momento apropriado”, ele escreveu em uma rede social.

Na semana passada, ele teve encontros com autoridades dos Estados Unidos –entre elas, Ivanka Trump, filha do presidente Donald Trump.

Dutton também esteve com o procurador geral William Barr.

Reino Unido

A ministra de Saúde do Reino Unido, Nadine Dorries, foi diagnosticada com o Covid-19 na quarta-feira (11). Ela se isolou em sua casa. De acordo com a BBC, ela havia apresentado os primeiros sintomas na semana anterior –e, ela esteve, em uma ocasião, com o primeiro-ministro Boris Johnson.

Irã

A agência Fars, do Irã, noticiou que o vice-presidente do país, Eshaq Jahangiri, está infectado no dia 11 de março. Há outras autoridades que contraíram a doença no país. Entre elas, o ministro de patrimônio cultural, o ministro da indústria, a vice-presidente de assuntos familiares e o vice-ministro de Saúde.

Idosos mais suscetíveis à doença

A população idosa, com idade a partir de 60 anos, costuma estar mais suscetível a doenças infectocontagiosas, como a covid-19, transmitida pelo novo coronavírus. De acordo com a OMS e o Ministério da Saúde, os mais velhos estão entre os mais afetados pelos maiores índices de letalidade do Sars-CoV-2. Dentre os motivos para esta parte da população está mais vulnerável ao vírus, estão:

  • O sistema imunológico dos idosos costuma ser deficiente por causa da idade
  • Mesmo as vacinas tomadas na juventude já não são tão eficazes, portanto há menos anticorpos no organismo
  • Os pulmões e mucosas tornam-se mais frágeis e vulneráveis a doenças virais
  • Idosos vão a hospitais com mais frequência, ficando mais exposto a micro-organismos

O presidente Jair Bolsonaro faz acompanhamento médico regular devido a um atentado que sofreu em setembro de 2018 em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral para a Presidência da República. Na ocasião, ele foi atingido por uma facada na barriga. Ele chegou a passar por três cirurgias após o ataque.

G1

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