Com cinquenta dias, o governo Bolsonaro é um misto de fragilidades, indecisões e escândalos menores, amplificados muitas vezes por quem está dentro do Palácio.
Aliados também criticaram a forma como o filho do presidente, Carlos, interfere em suas decisões; a ponto de divulgar um áudio de conversa do pai com um ministro nas redes sociais.
O entrevero com Bebianno não esfriou.
Nesta segunda (18), Bolsonaro, que já teria assinado a exoneração do ministro, deve dar um passo crucial para se afastar do escândalo das candidaturas laranjas do PSL, mas, por outro lado, ganhar um inimigo ferrenho.
Bebianno, segundo informações, teria documentos que comprometeriam o presidente da República.
Diante disso, Celso Rocha de Barros, da Folha, acredita que Bolsonaro possa sofrer um impeachment:
Há, enfim, um cenário de inferno para Bolsonaro em que Carlos derruba a reforma e Bebianno derruba o governo.
É difícil imaginar quatro anos de um governo como o da semana passada.
Ou não será como na semana passada, ou não durará quatro anos.
