A chegada a Chapecó dos corpos das vítimas do acidente aéreo na Colômbia sofrerá atraso. O cronograma inicial, que previa a saída dos aviões da Força Aérea Brasileira de Medellín, às 22 horas desta quinta-feira, não será cumprido.
“O cronograma vai ser sofrer um grande atraso. Está havendo atraso nos serviços de embalsamento. Esse procedimento, em cada corpo, necessita de três horas para ficar pronto. Ainda tem os trâmites burocráticos e o deslocamento de 71 carros funerários dentro da cidade. São cinco milhões de habitantes e um trânsito caótico. Então, deve ser muito demorado. Também tem a logística para o embarque dos caixões nos três aviões”, informa o secretário executivo de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira.
De acordo com o vice-presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, o velório coletivo deve ser realizado somente no sábado, no gramado da Arena Condá.
“Os corpos foram todos identificados e estão na funerária fazendo o embalsamento. Eles vão chegar na madrugada de sexta para sábado. Então, provavelmente, o cerimonial todo será feito no sábado pela manhã”, projeta Tozzo.
Somente o translado do Aeroporto de Chapecó até a Arena Condá deve levar cerca de 1h30min, conforme simulação feita pelo Corpo de Bombeiro.
A primeira hora do velório será reservada aos familiares. Após, o acesso no gramado ficará restrito aos familiares, autoridades e pessoas diretamente ligadas à Chape. Os torcedores vão poder se despedir das vítimas das arquibancadas.
Estão previstas quatro horas para o velório coletivo.
Na sequencia, será respeitada a vontade das famílias e muitos corpos serão transladados para outras cidades.
A Arena Condá tem capacidade para 19 mil pessoas nas arquibancadas.
São esperadas cerca de 100 mil pessoas ao longo do ritual de despedida.
Mesmo considerando a rotatividade do público, um telão será instalado na parte externa, em frente ao clube.
Marcelo De Bona
