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Lava Jato colocou criança sob a mira de metralhadoras.

(Foto: Reuters)

 Em mais uma demonstração de desprezo pelo Estado Democrático de Direito, agentes policiais da Lava Jato cumpriram um mandatos de busca e apreensão na casa de Nathalie, no Rio de Janeiro, em 24 de maio do ano passado, para forçar o empresário luso-brasileiro Raul Schmidt a se entregar. Mas o Intercept Brasil revela algo mais grave: de acordo com a defesa dela, quatro dias depois em pedido de habeas corpus ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, “três agentes da Polícia Federal portando metralhadora ingressaram na residência da paciente de forma truculenta, exigindo, aos berros, que ela revelasse o atual paradeiro do seu genitor, sob ameaça de ‘evitar dor de cabeça para seu filho'”, referindo-se à criança dela, um menino então com sete anos.

Na tentativa de capturar o empresário, a Lava Jato mirou na filha dele e teve o aval de Sérgio Moro, que julgava os processos da operação em primeira instância.

“O MPF apelou a Moro mirando na filha do investigado: queria que o passaporte de Nathalie fosse cassado e que ela fosse proibida de sair do Brasil. O plano era forçá-lo a se entregar para evitar mais pressão sobre a filha”, diz a matéria.

Posteriormente, Moro reconheceu: “não havia comprovação suficiente de culpa e que o nome dela era inédito nas investigações até ali”, disse ele.

Brasil 247

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