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MANDETTA INDICA PEDIATRA QUE VAIOU CUBANOS PARA CHEFIAR MAIS MÉDICOS

ESCULHAMBAVA O MAIS MÉDICO E OS MÉDICOS CUBANOS AGORA É CHEFE DO PROGRAMA

A pediatra Mayra Pinheiro, que ficou conhecida após participar de um protesto contra a chegada de médicos cubanos ao Ceará em 2013, foi indicada por Luiz Henrique Mandetta, futuro ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (PSL) para comandar a Secretaria de Gestão de Trabalho e Educação na Saúde, vinculada a sua pasta.

Com a indicação, ela terá sob a sua tutela o programa Mais Médicos, alvo de suas críticas.

Ela ficou conhecida nacionalmente após ser fotografada vaiando e xingando os médicos cubanos que chegavam ao Estado sob os gritos de “escravos”.

O protesto foi organizado pelo então presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes, desde então Mayra continuou criticando a atuação dos profissionais cubanos e criticando a presidente deposta Dilma Rousseff e as gestões do PT.

Mayra, que neste ano disputou sem sucesso uma vaga à Câmara pelo PSDB, diz que a indicação para o cargo foi “técnica”, não tendo relação com suas críticas sobre a atuação dos médicos cubanos no programa.

“Esse meu convite é técnico, não tem ligações políticas. Luiz Henrique (Mandetta) sabe da minha atuação. Sou professora universitária capaz de estar nesta pasta pelo conhecimento científico”, afirmou em entrevista ao jornal O Povo.

Ainda segundo ela, a relação com Mandetta teve início há cerca de cinco anos, após ela assumir a presidência do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec).

Para a pediatra, Mandetta foi um “deputado dos mais atuantes em defesa da saúde. Se colocou publicamente contra a forma política e eleitoreira como o Mais Médicos foi implantado”.

“Estivemos juntos em diversos momentos”, completou.

Para ela, um dos focos de sua atuação à frente da secretaria será corrigir o que chama de “distorções” do Mais Médicos.

Segundo Mayra, atualmente o programa se resume a convocar profissionais de outros países quando, “na lei, contempla tanto a formação médica quanto o ensino nas universidades e especialização de profissionais”.

REUTRS

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