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Votação do Orçamento 2013 só depois do carnaval

Na primeira votação do Congresso Nacional após sua eleição para presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não conseguiu cumprir a promessa de votar, na tarde desta terça-feira (05), o Orçamento da União de 2013.

 

Renan, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e líderes da base aliada das duas Casas legislativas saíram no começo da tarde da reunião com o discurso afinado: não havia acordo para votar a peça orçamentária; a presença não garantia a aprovação da matéria; e havia receio de que a oposição derrubasse a votação alegando a necessidade de se apreciar antes os vetos presidenciais.

 

Com o cancelamento da sessão do Congresso desta terça, a apreciação do Orçamento deve ficar para depois do carnaval.
Após a eleição de Henrique Eduardo Alves para presidir a Câmara, na segunda-feira (04), à tarde, boa parte dos deputados e senadores deixou Brasília. Dessa forma, o receio dos aliados era de a oposição, que pressionava para votar os vetos antes do Orçamento, pedissem verificação de quórum.

 

 

A aprovação da peça orçamentária precisa de pelo menos 257 votos de deputados e de 41 de senadores.

 

Um dos vice-líderes do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA) defendeu a apreciação dos vetos presidenciais quando houver quórum e explicou os motivos que levaram, para ele, ao adiamento da sessão desta terça-feira. “A última sessão (do ano) do Congresso se encerrou porque não se votou o veto. Alguém tinha a ilusão de que íamos começar uma sessão do Congresso e os defensores da apreciação dos vetos iam abrir mão de que os vetos não fossem apreciados? Impossível”, disse.

 

Dentro da base aliada, há também quem esteja insatisfeito com a liberação das emendas parlamentares, o que acaba por contribuir com a pouca disposição de deputados e senadores em aprovar o Orçamento.

 

O senador Benedito de Lyra (PP-AL) cobrou o pagamento das emendas e tornou pública a queixa antes da reunião de líderes. “O governo tem que ser parceiro do Congresso. É só mão única? Não é possível. A vida do Congresso é de mão dupla”, queixou-se Benedito de Lyra à Agência Estado.

Fonte: Redação / Estadão

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