O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, deverá se reunir ainda nesta sexta-feira (10) com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Segóvia assumiu o comando da PF nesta semana, substituindo Leandro Daiello, que estava no cargo desde 2011. A nomeação do novo diretor-geral já foi publicada no “Diário Oficial da União”.
Segundo apurou a TV Globo, o objetivo de Segóvia é reaproximar PF e Ministério Público Federal.
As divergências entre as duas instituições chegaram ao ápice na gestão do ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu temporariamente o andamento de sete inquéritos envolvendo políticos da Lava Jato porque o MP discordava da ordem dos depoimentos determinada pela PF.
De lá para cá, as divergências se tornaram ainda mais claras diante da discussão em torno da possibilidade de a Polícia Federal poder fechar acordos de delação premiada, assim como o Ministério Público. O caso ainda será decidido pelo STF.
Trocas em cargos
Desde que Fernando Segóvia foi anunciado como novo diretor-geral da PF, algumas mudanças passaram a ser articuladas na corporação.
O diretor executivo da PF, Rogério Galloro, por exemplo, será o novo secretário nacional de Justiça. Galloro era o favorito do ministro da Justiça, Torquato Jardim, para assumir a Polícia Federal.
Para o lugar de Galloro, o nome mais cotado é o do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Vilmar Lacerda, que tentou se eleger deputado em 2014 pelo PMDB.
Camila Bomfim