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PF: Operação Ouro de Ofir, mira estelionatários que ofereciam lucros ‘milionários’

Policiais com malotes de apreensão. Ao fundo, três veículos apreendidos. Tudo na operação Ofir, em Campo Grande, MS (Foto: Alexandre Cabral/ TV Morena)

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal fazem nesta terça-feira (21), em Campo Grande, Terenos (MS), Goiânia e Brasília, operação de combate a grupo suspeito de estelionato.

Os policiais cumprem 11 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e quatro de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento e depois liberada.

Entre os locais que os policiais estiveram, em Campo Grande, está a Company, empresa de consultoria, no bairro Monte Castelo, patrocinadora do Campeonato Estadual de Futebol.

Os policiais também fizeram apreensões em uma residência que fica em um condomínio de classe média alta e em outra em bairro de mesmo padrão.

Até a última atualização desta reportagem, já tinham sido apreendidos diversos relógios, R$ 1 milhão em espécie, carros de luxo, 200 quilos em pedras preciosas e armas de fogo.

O esquema

O grupo atuava como instituição financeira clandestina, coptando valores normalmente acima de R$ 1 mil de investidores, com a promessa de recebimentos milionários. Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%.

De acordo com a PF , o grupo dizia ao investidor alvo haver uma mina de ouro já explorada e que os valores referentes às comissões de venda estavam sendo repratiados, vendidos e até mesmo doados a terceiros.

O grupo também prometia quantias milionárias com liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional – LTN. Tudo isso mediante pagamento prévio.

Conforme a PF, os alvos da operação Ouro de Ofir, faziam contrato com o investidor. Papéis estes que não possuem lastro ou objeto jurídico plausível: os nomes eram Operação SAP e Aumetal. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas

Entre os suspeitos de integrar o grupo estão advogados, consultores e servidores da Justiça.

Nome da operação

Segundo a PF, Ouro de Ofir é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo.

TV Morena

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