A nova denúncia contra o presidente Michel Temer, oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR), e a análise de propostas da reforma política dominarão a semana no Congresso Nacional.
Temer foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Mas o STF só poderá analisar a acusação se a Câmara dos Deputados autorizar.
A denúncia já está na Casa, desde a última quinta (21). Primeiro, será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e, depois, pelo plenário. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estima que o processo estará concluído em outubro.
Paralelamente a isso, a Câmara tentará concluir, nesta terça (26), a votação sobre a Proposta de Emenda à Constituição que cria uma cláusula de barreira para as legendas terem acesso ao fundo partidário. A PEC também prevê o fim das coligações, a partir de 2020.
No Senado, os parlamentares também tentarão votar uma proposta de reforma política, a que cria um fundo para bancar as campanhas eleitorais.
Denúncia
Os debates da reforma política acontem na mesma semana em que a Câmara deverá iniciar o processo de análise da nova denúncia contra Temer.
Como parte do rito, a Mesa Diretora tentará, pela segunda vez, ler a denúncia no plenário, nesta segunda. O documento contém 260 páginas, nas quais a PGR detalha como o grupo do PMDB ao qual Temer pertence atuou em ministérios e em estatais para obter propina.
O presidente se diz alvo de “ilações e provas forjadas”.
Alessandra Modzeleski e Gustavo Garcia