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Partidos mostram resistência a reforma ministerial

Imagem de Arquivo

Apesar do objetivo do governo de fazer uma reforma ministerial ampla até “meados de dezembro”, o modelo ainda não está definido.

E o presidente Michel Temer já recebeu manifestações de resistência de alguns ministros, que preferem sair apenas perto do prazo de desincompatibilização, em abril de 2018.

Mesmo com a confirmação do líder do governo no Senado, Romero Jucá, de que haverá mudanças em até 17 dos 28 ministérios, Temer demonstrou preocupação com a reação de alguns aliados.

Nessa linha, PSD e DEM querem manter até o limite os ministros Gilberto Kassab (Comunicações, Ciência e Tecnologia) e Mendonça Filho (Educação).

“Ministro político tem mais força. Por isso, há uma reação de um grupo”, disse ao Blog um auxiliar de Temer. O argumento dos partidos é que a pressão maior é para desalojar o PSDB e remanejar o espaço dos tucanos com legendas do “Centrão”.

Por outro lado, há forte movimento de siglas aliadas pela saída de ministros que perderam o apoio das respectivas bancadas.

Entre eles Fernando Bezerra Coelho Filho (Minas e Energia) e Marx Beltrão (Turismo).

“Os dois perderam o apoio de suas respectivas bancadas e estão sem representatividade. Por isso, entram no primeiro momento da reforma ministerial. Temer precisa ter voto para fazer a reforma da Previdência”, disse ao Blog um interlocutor que despachou com Temer para tratar da reforma ministerial.

Já o PP negocia abrir mão do Ministério da Agricultura para herdar o Ministério das Cidades, até então comandado pelo PSDB. Mas exige manter o comando do Ministério da Saúde.

“Não interessa perder a Saúde. É uma pasta mais forte do que o próprio Ministério das Cidades”, ressaltou um cacique do PP.

Gerson Camarotti

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