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Presidente do Senado chileno recusa convite de almoço com Bolsonaro

Jaime Quintana, presidente do Senado chileno

O presidente do Senado do Chile, Jaime Quintana, afirmou nesta terça-feira que recusou um convite do presidente do país, Sebastián Piñera, para participar do almoço que será oferecido daqui a quatro dias para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Quintana, do Partido pela Democracia e que assumiu o comando do Senado na semana passada, afirmou que participará nesta quinta-feira dos atos envolvendo a visita do presidente da Colômbia, Iván Duque, mas, que não estará em nenhum evento da programação de Bolsonaro em solo chileno.

“Não estarei sábado em La Moneda, por convicção política e também porque tenho uma agenda regional já confirmada”, disse Quintana, em entrevista publicada no site do jornal “La Tercera”.

Bolsonaro e Duque participarão, na sexta-feira, em Santiago, de uma cúpula presidencial, para abordar a criação de um novo mecanismo de integração na América do Sul, denominado Prosul.

Ambos, além disso, aproveitarão a ocasião para fazer um encontro oficial.

A visita de Bolsonaro gerou muitas críticas da oposição ao governo de Pinera e de organização em defesa de minorias, que rejeitam as posições conservadoras do governante brasileiro.

O socialista Alfonso de Urresti, vice-presidente do Senado, também recusou o convite para participar da recepção a Bolsonaro, na sede do governo, e ainda destacou que o presidente do Brasil é um “perigo para a democracia”.

“É um ultradireitista, que pode provocar muito dano. Meu gesto de desagravo é a Bolsonaro, e não ao povo brasileiro”, afirmou.

O deputado Vlado Mirosevic, da Frente Ampla, de esquerda, também não aceitou o convite do governo do Chile e afirmou que o presidente do Brasil é um líder “perigoso para os valores republicanos”.

“Fez da discriminação e do ódio a sua política. Ele representa um risco para a democracia. É um mau exemplo para o Chile”, escreveu o parlamentar no Twitter.

Exame

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