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Só a unidade progressista poderá conter o retrocesso em curso, diz Haddad

Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

O ex-prefeito Fernando Haddad destaca que a troca de mensagens entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e integrantes do Ministério Público Federal reveladas pelo site The Intercept, “não deixam dúvidas do caráter das escolhas que o juiz fazia ao longo da Operação Lava Jato para circunscrever ilegalmente seu alcance político-partidário”.

“Tratava-se de consolidar novo bloco de poder representado pela aliança MDB-PSDB que, retomado o crescimento econômico, seria ungido pelo voto nas eleições de 2018”, observa Haddad em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.

“Nulas as chances de manutenção daquele bloco, Alckmin ainda conseguiu operar a coesão do conservadorismo, excluindo o MDB. Apresentou-se como candidato presidencial da maior coalizão de 2018. Veio a facada que feriu de morte suas pretensões”, relembra o ex-prefeito.

“Já o sobrevivente, no leito hospitalar, disse a um dos seus padrinhos, o empresário Paulo Marinho: “Agora não precisa fazer mais nada”. Esse seu lema de uma vida inteira o tinha colocado, vivo, às portas do Planalto”, ressalta o texto.

Para ele “um país tão desigual quanto o nosso que vê em mais desigualdade a chave da sua recuperação exige um ethos regressivo. Que só a unidade progressista poderá conter”, finaliza.

Brasil 247

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