Resumidamente podemos afirmar que peregrinos vindos do norte da Judeia, narravam que em Nazaré os primores da doutrina e as maravilhas dos milagres, um novo e grande profeta espalhava pelas povoações marginais do lago Genezareth, mensagens que arrastavam multidões.
Eram mudanças na consolidação da fé e do amor ao próximo, que poderiam acontecer na humanidade e emanadas de um Deus bondoso e justiceiro.
O povo que o ouvia vibrava de entusiasmo e de fé ouvindo-o expor com voz doce e cristalina, em singelas parábolas, tão compreensíveis à inteligência popular, a profunda ciência de Salomão, aliada à mais bela e lírica poesia de David.
Aos olhos de Deus mais valia a fé e a crença, do que as ofertas e sacrifícios.
O Grande Arquiteto do Universo ouvia as preces dos mais humildes e obscuros, e a fé desse povo era fervorosa, crescente, a procura-lo no infinito.
E assim sobre a a terra tinha início o reinado de paz e igualdade entre os homens, não mais vencedores nem vencidos, não mais senhores, nem escravos.
Na humanidade desapareceriam as diferenças entre os povos, as raças e os homens fraternalmente estariam ligados pelo amor do próximo e pelo amor divino.
O sofrimento sobre a terra, naquela época, era a iniciação na felicidade eterna.
“Bem aventurados os que sofrem porque deles será o reino de Deus”.
“A pobreza, a dor, a doença são como a fé e a virtude, o caminho seguro, diante do qual se abrem as portas do paraíso.”
“Tudo quanto é pequeno e fraco será grande e forte aos olhos de Deus.” “Deus é a justiça.”
“Deus é a bondade, vós todos que sofreis e chorais ele vos consolará, vós todos que sois perseguidos e escravizados, ELE vos libertará.”
Pois bem, todos os ensinamentos daquele homem prodigioso, cuja alma genial bondosa, e delicada se revelara com tanta convicção e eloquência, não era o descendente do grande rei David, o Messias redentor da raça judaica, segundo as antigas profecias, ELE era o filho de Deus, o Grande Arquiteto do Universo.
Esse homem de tão belo olhar e de fisionomia tão suave, afasta-se para sempre da pátria adotiva, tão absorta em profundos pensamentos que deixara de ouvir a aqueles que se comportavam como incrédulos e sarcásticos e que haviam desprezado a sua bela doutrina, expressa dezoito séculos depois na trilogia Maçônica: LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.
Esse é o fundo moral das iniciações Maçônicas.
Fonte: Carlos Lima