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Casos de Leishmaniose em Feira preocupa Vigilância

O número de casos de Leishmaniose vem crescendo, nos últimos anos, na zona urbana de Feira de Santana. A zoonose – doença transmitida através do contato com animais -, também conhecida como Calazar, resultou na morte de uma pessoa no município, no ano passado. Este ano, três casos foram notificados e dois confirmados.

A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Amarry Morbeck, faz um apelo a população para a importância em acionar o Centro Municipal de Controle de Zoonoses, em casos de suspeita da doença.

“Se as pessoas verem algum cão com característica de leishmaniose no bairro, na rua, ou até mesmo na residência, deve entrar em contato com o Centro de Zoonose, que a partir daí será feito o teste rápido no animal, no próprio domicílio”, ressalta.

“Se o exame der positivo, o animal será levado para ser sacrificado. Caso seja negativo, continuaremos monitorando este animal, verificando se os sintomas permanecem, pois a doença pode estar na fase de incubação”, explica Amarry. As principais características da doença em animais são: perda de peso, falta de apetite, apatia, debilidade, feridas de pele que não cicatrizam, feridas nos bordos das orelhas, lesões oculares, falta de pêlo à volta dos olhos.

“A Leishmaniose apresenta maior número de casos em animais. Contudo o animal doente é o vetor de transmissão para o humano. A pessoa deve ser internada de imediato em hospital de alta complexidade para que possa ter todo o suporte médico e cuidados necessários. É uma doença que pode evoluir rápido e pode causar óbito ou deixar seqüelas”, completa Amarry.

Ela explica ainda que além de encaminhar os pacientes para tratamento, a Viep desenvolve ações contínuas nas localidades onde a doença tem sido notificada. “Todos os animais situados nas áreas onde foram identificados os casos da doença foram investigados, para evitar uma proliferação”, pontua.

A chefe da Viep pede a população a colaboração para o combate à doença no município. “Fazemos também um trabalho preventivo, realizando a pulverização destes imóveis, então necessitamos da cooperação dos moradores. É um trabalho dispendioso, pois necessita que móveis sejam arrastados, mas é por uma questão de saúde e para o bem da comunidade de um modo geral”, observa Amarry.

Fonte: Secom

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