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Jovem busca ajuda na internet e perde 60 kg

A dona de casa Tayna Cris César, de 20 anos, chegou a pesar 123 kg depois de ter sua primeira filha, hoje com três anos. Entre as histórias que coleciona das dificuldades que o excesso de peso trouxe para sua vida está a do dia em que ficou presa na catraca do ônibus e a da festa de casamento a que teve que ir de legging por falta de roupas que servissem.

Ela conta que nunca foi magrinha. Na adolescência, chegou a pesar 83 kg e, antes da gravidez, pesava 74 kg. Mas foi depois da gravidez que chegou ao peso máximo: 123 kg. “Acho que foi a ansiedade porque morava em uma cidade e, quando casei, tive que mudar para outra. Os meus parentes ficaram todos longe e eu passava o dia em casa comendo.” Ela vive hoje em São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

Como almoçava sozinha, acabava recorrendo a pães, lanches, salgadinhos e outras besteiras em vez de preparar uma refeição mais equilibrada. Quando chegava a noite, estava morrendo de fome e exagerava no prato de arroz, feijão ou massa. “Comia muito errado. Nunca curto muito doce, o meu ponto fraco era mais a massa.”

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Tayna se sentia tão mal com seu corpo que, quando ia visitar a mãe, em Urupês (SP), só ficava dentro de casa porque tinha medo de encontrar velhos conhecidos e ficar constrangida. A mãe também se sentia preocupada com o excesso de peso da filha, tanto por motivos de saúde quanto por motivos estéticos.

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Quando decidiu que precisava fazer alguma coisa a respeito do excesso de peso, começou a pesquisar páginas na internet que reuniam pessoas que estavam na mesma situação que ela ou que já tinham conseguido emagrecer com sucesso. Foi assim que ela se inspirou e aprendeu tudo o que sabe sobre alimentação saudável.

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O primeiro passo foi passar a comer a cada 3 horas, cortar frituras, refrigerantes, embutidos e trocar pães e massas pelas versões integrais. Hoje, come pão integral, leite desnatado e requeijão light no café da manhã. Nos lanches da manhã e da tarde, ela escolhe entre fruta ou iogurte. No almoço e no jantar, limitou a quantidade de arroz e feijão para três colheres de cada, além de legumes, salada e uma carne magra.

“No começo, é muito difícil porque o corpo sente falta de alguns hábitos, mas depois de umas duas semanas, vai ficando mais fácil. Também fui aprendendo a deixar os pratos mais gostosos”, diz. Seu marido apoiou sua decisão de mudar sua alimentação, mas não a acompanhou na nova dieta. Por isso ela ainda tinha que lidar com a tentação de o ver comendo guloseimas proibidas para ela.

Mas o esforço valeu a pena. Depois de perder os primeiros 4 kg, ela se animou a ir à academia, onde faz musculação e exercícios aeróbicos. Ela chegou aos 63 kg e se sente satisfeita. “Só tenho vontade de definir mais o corpo. Sinto orgulho porque é muito difícil, chorei muito.” Se antes Tayna tinha que se contentar com os modelos de roupa que encontrava em seu número, que às vezes a deixavam parecendo mais velha, hoje pode escolher a roupa que quiser nas lojas.

O medo de voltar a engordar, porém, ainda existe. “Costumo dizer que não sou magra, estou magra.” Com sua experiência, aprendeu que mudar a mentalidade é essencial. “Nas outras vezes que fracassei, eu começava na segunda, errava na terça e pensava: segunda que vem eu retomo. Desta vez, decidi que seria diferente: mesmo que eu errasse, ia retomar a dieta na próxima refeição.”

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