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Aquecimento nas água do pacífico, influenciano clima em todo o Sul do Brasil

É o que confirma os meteorologistas do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e do Simepar, órgãos responsáveis pela operação do Alerta Geada, serviço iniciado neste mês de maio e que segue até setembro.

 

no cultivo do café a decidirem sobre a adoção de medidas para proteger lavouras contra os danos causados pelas geadas. Quando esse monitoramento detecta a aproximação de massas de ar frio, com intensidade capaz de causar danos à cafeicultura, é emitido um prealerta para cafeicultores e técnicos cadastrados, com 48 horas de antecedência. Caso as condições se confirmem, um aviso de ratificação é emitido 24 horas depois.

Este ano, as temperaturas podem ficar mais amenas e as geadas menos recorrentes devido à formação do El Niño durante os meses de inverno. O fenômeno provoca o aquecimento anormal das águas na porção equatorial do Oceano Pacífico, que produz impactos no clima em todo o Sul do Brasil. “Se o El Niño se formar nessa época – o que é bem provável – ele deve impactar no inverno, deixando a estação mais amena que o ano passado”, explica a meteorologista do Simepar, Sheila Paz.

 

Em 2013, foram emitidos cinco avisos do Alerta Geada: quatro em julho e um em agosto. Praticamente todo o parque cafeeiro paranaense foi afetado pelo fenômeno, que atingiu com mais intensidade as regiões de Londrina, Maringá, Apucarana e Ivaiporã. Como os frutos estavam formados e a produção do ano foi assegurada, o Paraná colheu 1,65 milhão de sacas beneficiadas. “A temperatura média do inverno desse ano deve variar entre 17ºC e 19°C, enquanto em 2013 ficou um pouco abaixo disso, pelo menos 1° C. Isso aconteceu porque tivemos um ano neutro, s
em interferências de fenômenos como El Niño ou La Ninã”, complementa a meteorologista.

 

Já a agrometeorologista do Iapar, Heverly Morais, frisa,

porém, que “há sempre riscos de geadas no Estado”. Por isso, cafeicultores com lavouras com idade entre seis e 24 meses devem amontoar terra no tronco dos cafeeiros – prática conhecida como “chegamento de terra” – ainda neste mês de maio, para proteger as gemas e facilitar a rebrota no caso de geada severa. Neste caso, a proteção deve ser retirada no final do período frio, em meados de setembro. Se isso não for feito, as plantas podem sofrer danos por “afogamento do caule”, que são lesões provocadas por altas temperaturas.

 

Em plantios recentes, de até seis meses de idade, deve-se simplesmente enterrar as mudas quando houver emissão do aviso de Alerta Geada. Viveiros devem ser abrigados com cobertura vegetal ou de plástico e, em ambos os casos, a proteção deve ser retirada assim que cessar o risco.

Fonte: folha web/ Foto: web.

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