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Estudo da CNA mostra perda da competitividade no agro com frete mínimo

AGRONEGÓCIO, PREJUÍZO, FRETE MÍNIMO

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) apresentará 1 levantamento que aponta a paralisação da exportação do agronegócio com a adoção do preço do frete mínimo.

Os dados serão apresentados ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, relator do caso na Corte.

Segundo dados a que o Poder360 teve acesso, o órgão apresentará comparações entre o Brasil e seus principais concorrentes, entre eles os Estados Unidos. Os números apontam para a quebra da competitividade do Brasil dada a alta nos preços causadas pelo aumento do frente.

O levantamento realizado pela CNA mostra que o frete de 1 caminhão de 38 toneladas passou a custar de R$ 11 mil para R$ 24 mil. Isso considerando os frentes sem retorno, aqueles em que o caminhão é contratado para fazer a viagem de ida e retorna vazio.

É a modalidade mais frequente no Brasil, dado que uma pequena parcela consegue agrupar 2 fretes para aproveitar a ida e a volta do caminhão.

A comparação aponta que o custo do transporte nos EUA tem peso de 7,9% no valor da soja e de 17,2% no milho.

A área técnica da CNA ainda aponta que parte dos produtores já estão represando parte da produção para não arcar com os preços dos transportes, o que já gera impacto do PIB (Produto Interno Bruto). Números consolidados do setor de queda de produção econômica também serão apresentados pelo grupo.

A entidade é contra a cobrança do frete mínimo e pede a suspensão da tabela elaborada pela ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres). Argumenta que é favorável à remuneração correta do setor por outros meios, entre eles obras de infraestrutura e modernização da logística nacional.

A medida provisória editada pelo governo Michel Temer após acordo com os caminhoneiros foi convertida em lei é alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), ajuizada pela Associação do Transporte Rodoviário de Carga do Brasil (ATR Brasil).O ministro convocou entidades ligadas ao setor para debaterem a questão na próxima 2ª feira (27.ago.2018) antes de ele dar seu parecer sobre a cobrança.

Paloma Rodrigues

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