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SEI lança mapa do Índice de Aridez do Estado da Bahia

ÍNDICE DE ARIDEZ NA BAHIA

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) lança o mapa Índice de Aridez do Estado da Bahia, um importante parâmetro para compreensão das condições climáticas e da disponibilidade hídrica do estado.

Elaborado pela Diretoria de Informações Geoambientais da SEI, por meio da Coordenação de Recursos Naturais e Ambientais, o mapa representa o índice de aridez no território baiano, calculado a partir da relação entre precipitação e evapotranspiração, permitindo identificar áreas onde a falta de umidade é crítica. O produto está disponível no portal SEIGEO, plataforma que pode ser acessada no site www.sei.ba.gov.br.

O índice de aridez apresenta uma visão detalhada da variação das condições de maior ou menor aridez em diferentes áreas. O mapa apresenta a consolidação de dados coletados entre os anos de 1990 e 2020 e categoriza a aridez em faixas que vão de “árido” (índice entre 0,14 e 0,29) a “úmido” (índice entre 1,26 e 1,57).

Essa distribuição destaca, principalmente, o norte e o centro-oeste do estado, áreas onde a seca se mostra predominante e a vegetação é adaptada a baixos níveis de precipitação.

As áreas classificadas como áridas e semiáridas incluem o sertão baiano e a região do Vale do São Francisco, caracterizadas por chuvas esparsas e altas taxas de evapotranspiração.

“Esse cenário impacta diretamente a agricultura, exigindo sistemas de irrigação e seleção cuidadosa de culturas adaptadas ao clima seco. Essas condições exigem também um planejamento específico para a gestão de recursos hídricos, como construção de reservatórios e sistemas de irrigação, que são essenciais para a agricultura e abastecimento local”, explica o coordenador de Recursos Naturais e Ambientais da SEI, Anderson Gomes.

Por sua vez, áreas mais úmidas, como o litoral e a região sul do estado, apresentam maior índice de umidade e disponibilidade hídrica, favorecendo uma vegetação mais densa e atividades agrícolas variadas.

O mapa destaca, ainda, as áreas de transição, classificadas como “subúmido a seco” e “subúmido a úmido”, onde o índice de aridez varia entre 0,62 e 1,25.

Esses índices são encontrados em zonas intermediárias, como partes do Recôncavo e do Planalto da Conquista, que recebem chuvas mais regulares, permitindo uma diversidade agrícola com menos dependência de infraestrutura de irrigação.

“Cabe destacar que o uso do índice de aridez, como ferramenta, é essencial para o planejamento sustentável do uso da terra e para a adaptação às mudanças climáticas, uma vez que permite identificar regiões vulneráveis e orientar políticas públicas de preservação e uso racional dos recursos naturais. Este acompanhamento permitirá, ainda, verificarmos a ocorrência de alterações futuras nas condições de umidades no estado”, diz o coordenador.

Informações da SEI

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