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Escolha entre sete tratamentos para vasinhos e varizes

Pequenos filamentos arroxeados ou vasos grossos e sinuosos claramente visíveis na pele: assim são os vasinhos e varizes.

A diferença entre eles, segundo o angiologista Celso Bregalda Neves, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, é que os vasinhos (tecnicamente chamados de telangiectasia) ficam nas camadas da pele e tem no máximo um milímetro de diâmetro, já as varizes têm diâmetro superior a um milímetro e estão localizadas embaixo da pele.

É comum que as varizes passem a ter um trajeto sinuoso, formando curvas principalmente nas pernas.

O principal fator para o aparecimento de vasinhos e varizes é a hereditariedade. “A deficiência de proteínas, como a elastina e o colágeno, é passada de pai para filho”, explica Celso Bregalda.

“Sem essas substâncias na quantidade ideal, a parede do vaso torna-se mais frágil e suscetível ao alargamento”. Além disso, existem fatores desencadeantes hormonais – como a gestação, o uso de pílula anticoncepcional e a reposição hormonal – e causas mecânicas – como sedentarismo e obesidade.

O angiologista conta que na maioria das vezes as varizes e os vasinhos são tratados puramente por estética. No entanto, há casos em que alteração pode significar um problema mais sério de circulação e resultar na formação de feridas que não cicatrizam e no aparecimento de inchaço e dor. Além disso, há uma forte relação dessas alterações com trombos.

“Um paciente que teve trombose profunda terá um bloqueio à passagem do sangue de volta para o coração, tornando necessário o retorno de sangue por outros vasos e causando a sobrecarga”, explica o angiologista.

“Por outro lado, quando uma variz causa lentidão da passagem do sangue, há maior facilidade para formação de coágulos”.

Uma vez que uma veia é tratada, dificilmente ela voltará a aparecer. O que pode acontecer é a formação de novos vasos para dar conta do retorno do sangue ao coração.

Por isso, a mudança de hábitos é fundamental para que o sangue transite de maneira adequada e não dilate outras veias.

Entre as mudanças positivas estão: uso de meia elástica compressiva indicada pelo médico, perda de peso, prática de exercício físico e ingestão adequada de água.

Agora que você já sabe tudo sobre vasinhos e varizes, veja quais são os possíveis tratamentos e acabe de uma vez por todas com eles.

Escleroterapia com espuma

A espuma é o polidocanol – em concentrações de 1 a 3% – misturado ao ar. Dessa mistura resulta a substância que é injetada em vasos de até quatro milímetros de diâmetro.

“Ainda não existem estudos suficientes que comprovem a eficácia e a segurança do uso do polidocanol em veias maiores”, explica o cirurgião vascular Renato Minoru Ishii, do hospital Santa Cruz, de São Paulo.

O polidocanol é um medicamento antigo, no entanto, sua ação era prejudicada na forma líquida devido à rápida absorção pelo vaso sanguíneo. Por ser mais densa, a espuma age por mais tempo na veia.

Ela causa um processo inflamatório na parede interior do vaso que leva a um fechamento da via, impedindo a circulação de sangue. Sem sangue, o vaso perde a coloração e passa a ser invisível a olho nu. É necessária apenas uma aplicação para se ter esse efeito.

“O risco do procedimento é muito baixo, mas existem alguns casos relatados de trombose”, explica o cirurgião. Ele pode ser realizado no consultório médico, sem necessidade de anestesia, e pode ser um pouco dolorido em função da picada da agulha.

Ele dura cerca de 30 minutos. O número de sessões varia de acordo com a quantidade de vasinhos. É recomendado um intervalo mínimo de cinco dias entre elas.

Fonte: MANUELA PAGAN

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