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A língua diante do bem e do mal

Vamos iniciar com Tiago capítulo 1, versículo 26. “Se algum entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião do tal é vã”.

Muito bem, fisiologicamente a língua é um pequeno membro, mas social e espiritualmente é a arma mais terrível do mundo. Se não vejamos: Os estudiosos já diziam que um pequeno fósforo incendeia um bosque, e uma palavra mal pronunciada tem destruído o que existe de mais belo; a harmonia, o amor, a paz, a felicidade, o lar, a Igreja e assim por diante.

Mesmo a língua sendo um pequeno membro, pode se vangloriar de pequenas coisas, transformar as grandes coisas em pequenas e as pequenas em imensas coisas. Ela é como o fogo, destrói sem piedade.

Já ouvi alguém dizer, ele é como uma cobra que esconde o seu veneno. A língua é o único veneno que não oferece chances para os antídotos. Também já ouvi com muita propriedade que a língua é o fogo do inferno e aquele que a ama comerá do seu fruto.

Certa feita meu avô me perguntou: – Carlinhos para se põe freio na boca de cavalo?

Na minha adolescência não soube responder, ele então afirmou: – Para que ele nos obedeça.

Pois bem, com o tempo vim descobrir porque ele fez aquela pergunta.

Precisamos colocar um freio em nossas línguas. Nem todos aqueles que dizem Senhor, Senhor, entrará no reino de Deus. Aquele que não refreia a sua língua do mal, dos vícios comuns da língua, continua proferindo injúrias, maledicências, mentiras, maldições e blasfêmias, estarão enganando na si próprio e se tornarão verdadeiros vilões.

Devemos lutar contra os defeitos da língua e praticando suas virtudes, tornando-as mais conhecidas. Cultive a sabedoria de forma pura, pacífica, moderada, imparcial e sincera. Jamais alimente uma língua mentirosa.

Não estou proclamando-me como o ser mais bondoso; mais inteligente; mais caridoso, ou o melhor, entre meus semelhantes, mesmo por que a história comprova que a humanidade só procura o lado feio da vida, os erros e as fraquezas… Tenho as minhas, mas estou aprendendo a superá-las, domá-las e descê-las as masmorras.

A verdade é que essa terrível tendência do ser humano de só olhar o nosso lado negro, fez lembrar de uma história que ouvi nos meus 14 anos, por sinal já se passaram mais de 44 anos.

A história começa assim: Em um canto qualquer de uma cidadezinha estava um cão morto que cheirava mal.

– Algumas pessoas passavam tapando o nariz, outras se diziam aborrecidas e xingavam dizendo que o cheiro impregnava a atmosfera.

– Foi quando um homem aproximou-se do local onde estava o cão e olhando serenamente para ele disse: – Veja como ele tem os dentes tão alvos!

As pessoas que estavam ao redor e aborrecidas com o odor se admiraram. Como é que um cão morto, cheirando mal e a pessoa admirava os seus dentes alvos, como ele poderia ver beleza na morte.

Um homem que estava bem próximo perguntou: – Que cara é esse, que mesmo num cão morto e fedendo, ainda vê alguma coisa boa?

Alguém respondeu sem ter qualquer dúvida: – É o Arquiteto do Universo…

Fonte: Carlos Lima

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