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A TOLERÂNCIA NA MAÇONARIA

Todos nós sabemos que a Maçonaria é a mais perfeita universidade para o aperfeiçoamento moral da humanidade. Ela possui as ferramentas para a lapidação do caráter, da Tolerância, da Liberdade, Fraternidade e Igualdade entre os homens de bons costumes, visando a construção de uma sociedade mais justa, humana e perfeita.

O verdadeiro Maçon é convicto e fiel aos princípios da Ordem, sua prática é virtuosa, quando o comportamento é o oposto ele é indigno de sua iniciação.

E quando, por qualquer motivo, seja culpa dele, da Ordem ou de qualquer um, ele se voltar contra um irmão, gerando intrigas ou fomentando a cizânia, também poderá ser considerado índigo de pertencer a Irmandade.

Não, não pense que tais atitudes é o resultado de um sentimento de pureza; ingenuidade ou sentimentalismo exacerbado, a condição de enxergarmos no irmão Maçon a convicção de um comportamento pautado pela lealdade; honestidade; Fraternidade; solidariedade e Tolerância.

Mesmo em alguns casos não praticados, esses são os verdadeiros compromissos entre os irmãos.

Não devemos condenar de imediato o irmão que por qualquer motivo tenha cometido uma falta, seja ela qual for.

O comportamento dos irmãos diante de tal situação deve ser Maçônico. E a o único nome encontrado é o da Tolerância.

Conversa-se com o irmão sem humilhá-lo, todos nós somos pecadores e poderemos incorrer no mesmo erro, ou outros de menor ou maior gravidade.

A lealdade impõe a solidariedade entre nos irmãos. Vamos voltar a trabalhar nessa pedra que ainda não está polida, vamos orientar, aconselhar, resgatar as suas forças morais e espirituais, ajuda-lo a reagir contra as forças do mal e trazê-lo para o caminho do Bem.

Ser tolerante na Maçonaria é acima de tudo admitir a possibilidade do erro nos outros e em si mesmo e através dela abrir os caminhos para as desculpas e a recuperação.

Na verdade esta é uma estrada de mão dupla, o irmão não pode esperar tolerância se ele não sabe ser tolerante.

Nenhum Maçon tem o direito de impor sua opinião. No máximo coloca-las em apreciação, discussão e estudo, sempre partindo da hipótese de que ela pode estar certa ou errada.

Aprendi lendo e estudando que o antigo regime inquisitorial do crê ou morrer é totalmente incompatível com os princípios da Maçonaria.

Sabe por quê? Porque seus membros são homens livres e bons costumes e estão capacitados a pensarem sem o cerceamento de sua liberdade.

E, rebuscando em nossa história, quero relembrar o quanto fomos perseguidos pela inquisição, a Santa, Santíssima Inquisição com Torquemada, Jaques Laurez, Pedro de Tapia, Alonso Doriga, Mateo Vázquez, e vários outros nomes que ficaram registrados na história como o mais terrível símbolo de crueldade e intolerância.

Quando nos dedicamos a essa leitura, ainda ficamos aterrorizados com o papel da Inquisição, principalmente nos autos de fé, onde demonstravam toda a selvageria contra homens, mulheres, velhos e crianças, com sessões de torturas na qual aplicavam o máximo requinte de barbaridade, levando-os a fogueira para serem queimadas vivas e de forma sacrílica diziam agir em nome de Deus.

Faziam isso covardemente, usavam um Deus que pregou a Bondade e o perdão, de um Deus do bem, que se deixou sacrificar para redimir o pecado da Humanidade.

O intolerantíssimo dos inquisidores criou uma das páginas mais negras da história da Humanidade.

E o Maçon tem o dever, a obrigação de se tornar uma antítese de um inquisidor.

Para florescer nos tempos atuais é preciso, de forma imprescindível, demonstrarmos e praticarmos a tolerância.

O Maçon do século XXI, na sua maioria, esqueceu-se de como discordar com cordialidade; de como ajudar o irmão que tropeçou, dando-lhe a mão e impedindo a sua queda. Hoje ficam de longe observando o momento fatal.

O comportamento atual impressiona pelo grau rejeição. Quando o irmão cai se distanciam é como se ele tivesse contraído a doença mais contagiosa do mundo.

A situação social, financeira e profissional não é razão ou motivo de avaliação do irmão Maçon, se ele foi iniciado e segue os preceitos, não existe motivo para rejeição e abandono.

A estrada do bem existe, nós devemos caminhar com a cabeça erguida, não fechemos os olhos para os erros que passamos cometer, somos humanos e estamos sujeitos. Por isso, sejamos tolerantes uns com os outros.

Ser tolerante é comprovar que os erros e os vícios foram vencidos, e quando fraquejarmos, unidos encontrarmos as forças para nos redimirmos.

Eu sou Carlos Antônio de Lima, (Carlos Lima) da Grande Maçonaria Mista da Bahia e como tal meus irmãos me reconhecem. (aceito correções e sugestões)

 

 

 

Fonte: Carlos Lima

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