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MULHER UMA PROPOSTA DE PERMENENTE EDIFICAÇÃO DA ORDEM MAÇÔNICA

Para quem ainda insiste em não reconhecer a Maçonaria Mista, seria interessante que estudassem um pouco mais a história da Ordem, com certeza descobriria informações importantes para saber que o “Landmaks , o 18” (constituição maçônica não escrita) está superado e não responde e nem corresponde aos princípios filosóficos da própria instituição.

Deve também saber que a Maçonaria Feminina influiu poderosamente nas grandes Assembleias Mundiais, a contar da paz de Versalles.

Não tenham dúvidas que ela amoleceu as resistências que se opunham ao nivelamento de direitos entre os dois sexos, apelando para a solidariedade dos irmãos que lideravam a antiga Liga das Nações.

Está registrado em seus anais, que Georges Clemenceau, Afonso Costa e Llloy George, altos representantes da Itália, e o próprio presidente Wilson, o idealista dos 14 pontos em que alicerçava os fundamentos da S. N. D, em quase sua totalidade das delegações da América Latina, eram elementos que a Maçonaria Feminina atraia para a causa da “Mulher”.

Em meus estudos, não encontro na filosofia Maçônica, nada que possa excluir, muito pelo contrário, a Mulher. A não ser no Landmarks,. Uma imposição que fere os seus princípios de “LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE”. Será a saudação “AMOR, AMOR, AMOR”, É DEMAGÓGICA? Acredito que não!

Meus irmãos, a evolução do feminismo maçônico, levou à substituição das velhas formas ritualísticas de trabalho por outras de maior plasticidade e de menor conteúdo arcaico, nascendo daí a Maçonaria Mista Internacional (Ordre Maçonnique Mixte International – Le Droit Humain), composta de 33 graus.

Esta Ordem conta com milhares de membros na Europa, na América e na Asia, em um país próximo ao Brasil existem 18 Lojas em plena atividade.

Em 1937 com a aquiescência da Maçonaria Masculina, foi criada a “Ordem das Filhas da Acácia”, exclusivamente para senhoras, numa demonstração de inteligência e capacidade realizadora que desmente a fragilidade do sexo.

Nesse período, coube a Maçonaria Cubana, uma das mais evoluídas da época no continete americano, a feliz iniciativa de receber e acolher uma proposta de um seu antigo Grão Mestre, para o ingresso da MULHER na Maçonaria Regular.

O proponente alegava que a Maçonaria sendo uma instituição liberal e progressista, não poderia desinteressar-se da emancipação espiritual e material da Mulher, nem tão pouco de sua ascensão aos altos conclaves maçônicos, sob pena de negar ou desmentir os seus postulados de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

A Justificativa foi a seguinte:

“Carecem de sentido lógico e humano os conceitos que em tempos passados se formavam acerca da companheira do homem, emanados, na maior parte dos casos, de seitas religiosas exclusivistas, interessadas em manter a Mulher numa situação de inferioridade moral, que servia admiravelmente aos seus propósitos de domínio.”

“Para demonstrar a odiosidade de tais conceitos, e as conquistas da época atual o Grão Mestre da Grande Loja de Cuba, citou a Bíblia (1 cor. XIV, 34 – 35) que considera a Mulher incapacitada para falar em público, e em um Concílio se discutiu e pois em dúvida que a mesma tivesse alma.”

As citações do ilustre maçon cubano impressionaram vivamente a assembleia que iria decidir um dos mais instigantes problemas da hora atual: a admissão da Mulher na Ordem Maçônica Universal.

Sabemos que para o Concílio era duvidoso que a Mulher tivesse alma, imagina para a Maçonaria compreender que tantas houvessem sido santificadas depois de mortas, por atos sublimes que praticaram em vida?

Se um dos preceitos mais belos do Cristianismo manda honrar pai e mãe, como honrar a mãe começando por negar-lhe o direito de falar em público, e colocar em dúvida a existência de sua alma?

E a conclusão foi a única que podia ser tirada: “Só quem não houver tido mãe é que pode ater-se às objeções do Concílio”.

Pois bem, quem tirar uma conclusão diferente não pode e não deve ser maçon. Será o mesmo que não reconhecer que a participação da Mulher é um marco importante de democracia e civilidade para o progresso e a construção permanente da Ordem Maçônica.

 

E tem mais, será desse coma admissão da Mulher que a Maçonaria estará firmando e consagrando seus princípios na edificação da Ordem.

Fonte: Carlos Lima

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