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Apostas para o Oscar do cinema em 2016

A garota dinamarquesa

Os indicados ao Oscar 2016 ainda não saíram.

De acordo com o calendário oficial, os indicados às estatuetas da 88ª cerimônia de entrega dos Academy Awards só serão divulgados no dia 14 de janeiro.

Mas é claro que os cinéfilos espalhados pelo mundo já estão fazendo suas apostas sobre qual será o melhor filmes e que atores merecem a honraria pelo trabalho na telona.

Curiosamente, nesta edição da premiação, muitos dos filmes com maior expectativa de indicações têm algo em comum: o protagonismo de mulheres lutando por seus lugares de destaque na sociedade.

Tratando diretamente ou indiretamente do tema, listamos cinco filmes que falam sobre mulheres fortes que precisaram lutar contra o machismo ao redor.

Se esses filmes vão ser levar alguns dos prêmios máximos do cinema internacional para casa no dia 28 de fevereiro, nós ainda não sabemos. Mas que merecem atenção especial de muita gente, disso nós temos certeza.

1. Carol

Um dos filmes mais elogiados no Festival de Cannes 2015, Carol é dirigido por Todd Haynes e traz a dupla Rooney Mara e Cate Blanchett arrebentando no papel principal. Em Cannes, o filme concorreu à Palma de Ouro e foi premiado com o Queer Palm e com o prêmio de Interpretação Feminina para Rooney Mara.

Cate Blanchet, que recentemente levou um Oscar de Melhor Atriz por Blue Jasmine, pode voltar ao palco por conta de Carol e, se ganhar, vai ser sua terceira estatueta. Baseado no livro The Price of Salt, de Patricia Highsmith, a história se passa nos anos 1950, mas traz uma história tão atual que poderia ter sido contada nos dias de hoje.

No filme, Cate interpreta uma mulher casada com um homem que não ama, com o qual tem uma filha. Rooney faz o papel de uma jovem que trabalha em uma loja de departamentos e leva uma vida entediante.

Um dia, as duas se conhecem quando a personagem de Cate vai comprar um presente para a filha. A partir daí, as duas vão se aproximando cada vez mais e embarcam em um relacionamento que coloca em xeque a sociedade conservadora e preconceituosa dos anos 1950.

2. As Sufragistas

Só por trazer Meryl Streep, Helena Bonham Carter e  Carey Mulligan nos papéis de destaque, As Sufragistas já parece uma boa pedida para o cinema. Mas o filme dirigido por Sarah Gavron, vencedora de um prêmio BAFTA, vai além e traz um enredo muito interessante: a explosão do movimento feminista.

A história se passa no Reino Unido do comecinho do século XX, onde após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não tinham conquistado o direito de votar. Cansadas disso, algumas militantes coordenam atos mais extremos, destruindo vidraças, explodindo caixas de correio e coisas do tipo.

É nesse contexto que a personagem de Carey Mulligan conhece as feministas e resolve entrar para o movimento, mesmo enfrentando pressão das autoridades policiais e da própria família, que prefere ver a jovem sujeitada ao sistema de opressão machista.

3. Joy: O Nome do Sucesso

Jennifer Lawrence, uma das maiores queridinhas atuais da Academia, pode subir ao palco do Oscar mais uma vez. Protagonista do longa Joy: O Nome do Sucesso, é a terceira vez que trabalha com o diretor David O. Russell – e as duas uniões anteriores,Trapaça e O Lado Bom da Vida, resultaram em indicações ao Oscar.

Dessa vez, Lawrence interpreta uma mulher de fibra que de fato existiu, a visionária Joy Mangano. E é a história dela que o filme conta.

Na cinebiografia, Lawrence interpreta uma mulher com forte senso de criatividade desde muito nova e que entra na vida adulta criando três filhos sozinha.

A personagem conheceu o primeiro marido ainda na faculdade, mas após o divórcio, se viu em uma crise financeira e cuidando sozinha das crianças.

Para tentar driblar a falta de dinheiro, ela cria um utensílio chamado Esfregão Mágico que rapidamente se torna um estouro de vendas.

A partir daí, ela começa a trilhar uma carreira cada vez mais promissora, com muito suor, até se tornar apresentadora e fechar um contrato milionário.

4. Mad Max: Estrada da Fúria

Mad Max é um filme que irritou muitos machistas ao redor do planeta. O motivo? O protagonismo de Charlize Theron, que interpretou a personagem Furiosa, no filme dirigido por George Miller.

Vários “ativistas do machismo” ficaram revoltados por, por exemplo, a atriz ter mais falas do que o próprio personagem Mad Max e pela força de Furiosa. De fato, em Mad Max, Charlize está longe de ser a mocinha em perigo dos filmes de ação, pelo contrário, é a própria que muitas vezes acaba salvando a vida de Mad Max.

Os dois representam papéis em que estão em pé de igualdade e isso talvez tenha sido o que aborreceu pessoas acostumadas a viver em um regime de sociedade em que a mulher não tem os mesmos privilégios que os homens em várias esferas.

Além da personagem de Charlize, o filme conta com um grupo de mulheres muito importantes dentro da trama.

5. A Garota Dinamarquesa

Após interpretar Stephen Hawking em A Teoria do Tudo e levar a estatueta de Melhor Ator no Oscar 2015, Eddie Redmayne é outro que pode ganhar outra indicação.

No filme A Garota Dinamarquesa, dirigido por Tom Hooper, Eddie protagoniza a cinebiografia de Lili Elbe, designada Einar Mogens Wegener ao nascer e uma das primeiras pessoas no mundo a se submeter a uma cirurgia de redesignação de gênero.

Apesar de ter recebido críticas pela escolha de um ator cisgênero para interpretar a personagem principal, o filme emociona ao contar todo o processo de luta por aceitação como mulher de Lili e os impactos no seu relacionamento com uma pintora interpretada por Alicia Vikander.

Tratando do tema da transexualidade nos anos 1920, o filme é inspirado no livro de David Ebershoff.

Rafael Gonzaga

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