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‘Cabíria Festival’ celebra presença das mulheres no audiovisual

A mulherada do audiovisual vai ocupar todas as suas telas na edição virtual do “Cabíria Festival”, que conta com 35 filmes e 22 microfilmes para você curtir em casa até o dia 29 de novembro.

Essa programação linda – em nome da diversidade e da representatividade – ainda tem bate-papos, painéis e oficinas!

Os longas e médias-metragens são exibidos no Videocamp, os curta-metragens ficam disponíveis na plataforma Cardume e os bate-papos, painéis e outras atividades são transmitidos pelo YouTube.

Com o tema “Imaginários possíveis, rupturas em processo”, a segunda edição do “Cabíria Festival” propõe uma reflexão sobre a necessidade de rompimento com ciclos históricos de violência e silenciamento de grupos com pouca representatividade no setor e na sociedade como um todo.

A cineasta homenageada na edição é Patrícia Ferreira Pará Yxapy, indígena da etnia Mbyá-Guarani, que ganha uma mostra de 11 filmes, incluindo uma produção na qual é personagem.

Um dos longas que se destacam da mostra é o documentário brasileiro “Sementes: Mulheres Pretas no Poder” (2020), de Éthel Oliveira & Júlia Mariano.

O filme acompanhou seis candidatas nas eleições de 2018, o maior levante político conduzido por mulheres negras no país depois da cruel execução da vereadora carioca Marielle Franco.

A ideia é mostrar como essas mulheres transformaram o luto em luta.

Outra atração é o documentário “Um Filme de Verão” (2019), de Jo Serfaty, que marca sua estreia no dia 24, às 21h e fica disponível aqui por 72h.

A produção compõe um mosaico híbrido das férias de quatro jovens da periferia do Rio de Janeiro. O filme abre espaço para emergir as subjetividades e imaginários desses adolescentes à revelia de um projeto de país que tenta sufocá-los.

Já a coprodução Costa Rica-Espanha “O Despertar das Formigas”, de Antonella Sudasassi, narra o drama de Isabel, que é boa mãe, esposa e nora.

Quando sua família começa a pressioná-la a ter outro filho, ela terá que enfrentar a si mesma, seu ambiente e sua família. O longa fica disponível por 48h, a partir das 21h do dia 27.

Não deixe de assistir também ao bem cotado “Um Dia com Jerusa” (2020), de Viviane Ferreira, que fica disponível por 24h, a partir das 21h do dia 28.

Esse filme nacional mostra o encontro entre a sensitiva Silvia, uma jovem pesquisadora de mercado que enfrenta as agruras do subemprego, e a graciosa Jerusa, uma senhora de 77 anos, testemunha ocular do cotidiano do Bixiga, um bairro cheio de memórias ancestrais.

No dia do aniversário de Jerusa, enquanto espera sua família para comemorar, o encontro entre suas memórias e a mediunidade de Silvia lhes possibilita transitar por tempos e realidades comuns às suas ancestralidades.

Cabíria Festival é fascinante.

RCL, edição cljornal

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