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Cinema Nacional: O que você vai ver em “Breve Miragem de Sol”

Fabrício Boliveira é o ator principal

Depois de percorrer mostras no Brasil e no exterior, o filme brasileiro Breve Miragem de Sol estreia para o público neste domingo (30). Porém, com os cinemas fechados na maior parte do país, o jeito foi usar apenas o streaming. Dirigido por Eryk Rocha (filho do cineasta Glauber Rocha), a produção é o primeiro filme de ficção exclusivo do Globoplay.

A história se passa nas ruas do Rio de Janeiro, acompanhando as vidas que se cruzam dentro de um táxi. A figura central é Paulo.

Em busca de um recomeço após o divórcio e da aproximação do filho, ele começa a trabalhar como taxista nas madrugadas cariocas.

O protagonista é interpretado por Fabricio Boliveira, ator que viveu Wilson Simonal na cinebiografia do músico e também João de Santo Cristo no longa Faroeste Caboclo.

— Trabalhei diretamente pelas noites do Rio de Janeiro durante meses de preparação, com novos e antigos taxistas. Foi incrível estar nos grupos de WhatsApp deles e encarar uma realidade cruel na cidade somada à solidão desses profissionais — relembrou Boliveira em material enviado pelo Globoplay à imprensa.

O papel lhe rendeu o prêmio de melhor ator no Festival do Rio de 2019.

Entre muitas corridas, passageiros e histórias, é o embarque de Karina que irá balançar a vida de Paulo.

Enfermeira, a personagem de Bárbara Colen (Bacurau) é uma mulher consciente, pragmática, com visão crítica dos problemas do país e do dia a dia do hospital no qual trabalha.

— Fiz diversas visitas a hospitais para entender na prática como era a dinâmica dos plantões nos pronto-socorros. E com essas visitas ia coletando informações, sensações e elementos — contou a atriz sobre a preparação da personagem.

As filmagens, feitas antes da pandemia, duraram sete semanas nas ruas do Rio, com uma equipe enxuta de 50 pessoas. Por ser uma história de ficção com ares de vida real, a trama ganha um caráter mais documental.

— Breve Miragem de Sol propõe um cinema de rua, onde a ficção se abre ao documentário, ao imponderável da vida e da cidade.

O filme tem algo do “diário de um trabalhador”, e todos os momentos do filme fazem parte da sua vida, do seu cotidiano — explicou o diretor Eryk Rocha.

Na trilha sonora, estão nomes como Caeatno Veloso, Mart’nália, Letrux, Saskia e a música angolana do Deejay Telio.

Coprodução entre Brasil, França e Argentina, o longa foi exibido pela primeira vez no festival BFI de Londres, no ano passado.

Recentemente, estreou em uma plataforma de streaming argentina, com boa recepção da crítica local.

Globo play

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