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Homenagem ao verdadeiro herói de mil faces

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Desde a sua primeira aparição, em agosto de 1962, o Homem-Aranha foi reimaginado dezenas de vezes.

Embora a roupagem original de Steve Ditko tenha permanecido quase imutável, os quadrinhos são um grande laboratório de ideias.

A primeira grande releitura do herói foi seu uniforme negro, um alienígena que se une ao corpo de Peter Parker durante a saga Secret Wars (1984-85) e viria a ser um de seus principais antagonistas, Venom.

A partir dos anos 1990, o cabeça de teia ganhou diversas versões e uniformes alternativos, indo até para o passado ou futuro.

Em Spider-Man 2099 (1992), quem assume o manto futurista do herói é Miguel OHara, que se envolve em um acidente de laboratório e tem seus genes misturados aos de uma aranha, ganhando poderes semelhantes aos do antigo Homem-Aranha, cujos passos decide seguir.

Já em Spider-Man Noir (2009), o personagem vive durante a Grande Depressão americana como um pistoleiro mascarado, vestido todo de preto.

Os desenhos animados são bem mais avessos à mudança que as HQs. De todas as aparições do amigão da vizinhança na TV, desde 1967, apenas a série Unlimited (1999) trouxe um uniforme mais moderno.

No cinema, os filmes dirigidos por Sam Raimi, Mark Webb e Jon Watts se inspiraram também no visual clássico criado por Steve Ditko, mas o uniforme que o herói interpretado por Tom Holland veste em Vingadores – Guerra Infinita faz alusão à Iron Spider, armadura que o personagem usa durante a saga Guerra Civil (2006).

Com a animação Homem-Aranha no Aranhaverso, finalmente essas e outras versões do personagem ganham o grande público no cinema.

O filme introduz aos espectadores não habituados ao mundo das HQs, com suas idas e vindas de roteiro, o importante conceito de universos paralelos.

Não bastasse o nível técnico e estético da animação, o longa constitui mais um elo fundamental na já intrincada relação entre cinema e quadrinhos.

JB

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