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TEVE INÍCIO NA NOITE DE HOJE A MOSTRA QUE DESTACA A DIREÇÃO DE ARTE EM FILMES NACIONAIS

O beijo da mulher aranha

A mostra “A direção de arte no cinema brasileiro”, que acontece na Caixa Cultural Rio de Janeiro, a partir de hoje, 7 e vai até o dia 18 de fevereiro, exibirá 22 títulos representativos do percurso histórico da direção de arte no cinema nacional.

O propósito da mostra é oferecer um olhar inaugural sobre a função na atividade cinematográfica brasileira, contribuindo para um maior entendimento sobre seu papel.

Ao longo das duas semanas de exibições, o público terá a oportunidade de reconhecer a importância do trabalho de profissionais como Anísio Medeiros, A. Monteiro Filho, Pierino Massenzi, Luiz Carlos Ripper, Hélio Eichbauer, entre tantos outros.

Com curadoria de Débora Butruce, a programação inicia seu percurso na década de 1920, com Braza Dormida (1928), direção de Humberto Mauro e cenografia de Paschoal Ciodaro (até os anos 1980, a função era creditada como “cenografia” em vez de “direção de arte”); e chega até os dias atuais, com Amor, Plástico e Barulho (2015), de Renata Pinheiro, com direção de arte de Dani Vilela; passando por filmes como Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, com cenografia e figurinos de Anísio Medeiros.

Tudo Bem (1978), de Arnaldo Jabor, com cenografia e figurinos de Hélio Eichbauer; A Festa da Menina Morta (2008), direção de Mateus Nachtergaele e direção de arte de Renata Pinheiro; e Trabalhar Cansa (2011), de Juliana Rojas e Marco Dutra, com direção de arte de Fernando Zuccolotto.

Dentre os selecionados, destaca-se o raro Uma Certa Lucrécia (1957), de Fernando de Barros, protagonizado por Dercy Gonçalves e com cenografia de Pierino Massenzi, que, com sua engenhosidade, conseguiu recriar parte da cidade de Veneza em estúdio.

Nessa terça-feira de abertura (7), a mostra faz uma homenagem ao diretor de arte Clóvis Bueno, falecido em 2015, com uma exibição especial de O Beijo da Mulher Aranha (1985), de Hector Babenco.

Dentre os mais de 30 trabalhos de Bueno, o filme se destaca como a primeira produção brasileira a incluir a função de direção de arte em seus créditos.

A sessão contará com a presença da diretora de arte Vera Hamburger, da figurinista Rita Murtinho e do cineasta Walter Lima Jr., que participarão de uma conversa sobre o trabalho de Bueno após a exibição.

A programação da mostra ainda conta com dois debates a serem realizados nos dias 11 e 18 de fevereiro (sábados), com profissionais e pesquisadores da área.

No dia 11, às 18h30, os debatedores convidados discutem A pesquisa em direção de arte em cinema: avanços e perspectivas. Já no dia 18, às 18h30, o tema debatido será O trabalho com direção de arte no cinema brasileiro. A entrada é franca.

A mostra também terá um catálogo com artigos inéditos sobre a direção de arte no cinema brasileiro, que servirá como referência sobre o tema para pesquisadores, estudiosos e entusiastas em geral.

Mostra A direção de arte no cinema brasileiro
Data: 7 a 18 de fevereiro
Local: Caixa Cultural Rio de Janeiro – Cinemas 1 e 2 – Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca) – (21) 3980-3815
Ingressos: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia).

Além dos casos previstos em lei, clientes Caixa pagam meia.
Lotação: Cinema 1 – 78 lugares (mais 3 para cadeirantes) / Cinema 2 – 80 lugares (mais dois para cadeirantes)
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Acesso para pessoas com deficiência

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