Com a extinção do Ministério da Cultura, cortes de financiamento e de patrocínios através de empresas públicas e ainda diante da perseguição a artistas e tentativas de censura contra produções por parte do governo Bolsonaro, deputados do campo progressista decidiram agir no Congresso para defender a indústria do audiovisual brasileiro. Os parlamentares conseguiram juntar mais de 250 assinaturas para protocolar, na última semana, a Frente Parlamentar em Defesa do Cinema e do Audiovisual Brasileiros.
O grupo quer iniciar um diálogo entre o parlamento e os agentes envolvidos no processo de produção do cinema nacional. “Vemos com muita preocupação o atual processo de desestruturação das políticas públicas de natureza cultural, por parte do governo federal. A extinção do Ministério da Cultura, a limitação da atuação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) na escolha de projetos e a redução do apoio a projetos audiovisuais específicos, são ações que, certamente, provocarão a restrição de direito social constitucionalmente previsto”, comentou o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), autor do requerimento para a criação da frente.
Estudos mostram que o cinema nacional fomenta mais vagas de emprego do que o setor de turismo, por exemplo. Dados Ancine mostram que o setor gera 98.756 empregos direitos e 142.209 indiretos. Cerca de 13 mil empresas fazem parte desta cadeia produtiva, sendo a maioria produtoras independentes.
Revista Fórum