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32 mil escolas ganharão livros sobre cultura e história afro.

O ministro da Educação, Henrique Paim, disse hoje, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, que é preciso traduzir todo o embate contra o preconceito em ações concretas.

 

“Precisamos, a partir da educação infantil, começar nossa verdadeira saga contra a discriminação racial e a valorização da África no Brasil”, disse. “A educação é um instrumento de formação social importante. O único que vai fazer com que tenhamos redenção. Ela é libertadora, especialmente para nós, afro-brasileiros”, defendeu o ministro durante o lançamento de materiais pedagógicos sobre história e cultura africana.

 

O ministro da Educação, Henrique Paim, participa do lançamento de materiais pedagógicos sobre história e cultura da África.

 

 “Estamos começando com um material específico para a educação infantil, mas vamos também entregar materiais para o ensino fundamental e o ensino médio”, disse. “É importante avançar nessas pautas dentro das escolas”, completou.

 

Para ele, o lançamento do material representa um grande legado para o Brasil. Ao todo, 32 mil escolas vão receber as publicações, feitas em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

 

O representante da Unesco no Brasil, Lucien Muñoz, lembrou que a discriminação racial assume diversas formas, mas que cada uma delas representa uma afronta aos direitos humanos e à dignidade. Para ele, a ampla circulação de informação estimula uma melhor aproximação de culturas, o respeito mútuo e o desenvolvimento de uma cultura de paz.

 

“Contribuir para a redução da discriminação racial no mundo e no Brasil produzindo conhecimento sobre a África e os afro-brasileiros tem sido um esforço que vem sendo desenvolvido nos últimos anos pela Unesco em estreita parceria com o MEC e a Universidade Federal de São Carlos.”

 

O secretário-executivo da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Giovanni Harvey, elogiou a parceria e cobrou que mais órgãos do governo federal se comprometam com o combate à discriminação racial e ao preconceito.

 

“Teremos um novo patamar quando a sociedade brasileira e os órgãos assumirem para si essa responsabilidade. Esse exemplo vai abrir caminho para que outros gestores públicos possam fazer o que o MEC está fazendo”, destacou.

 

O embaixador da República do Zimbábue no Brasil, Thomas Bvuma, também elogiou o lançamento do material didático e lembrou que utilizar a educação como ferramenta para eliminar a discriminação racial permite ampliar o conhecimento e elevar a autoestima de quem sofre preconceito.

Fonte: Agencia Brasil/ Foto: web.

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