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Estação Cultura em SP recebe exposição de Elifas Andreato

Estação Cultura em SP recebe exposição de Elifas Andreato até 29 de março

Até o dia 29 deste mês, a exposição Elifas Andreato – A Arte Negra na Cultura Brasileira poderá ser vista na Estação Cultura em São Paulo. Aberta nessa terça-feira (20) à noite, a mostra, com 12 obras do artista, marca o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, celebrado hoje (21). A entrada é gratuita. O Estação Cultura é o espaço de exposições da Secretaria da Cultura de São Paulo.

Elifas Andreato tem mais de 50 anos de carreira, com destaque na criação de capas de discos para músicos da MPB, que inclui mais de 400 trabalhos. Ele recebeu em 2011 o Prêmio Especial Vladimir Herzog, concedido a pessoas voltadas à defesa de valores éticos e democráticos e à luta pelos direitos humanos. A curadoria da exposição é do próprio artista e do filho dele, Bento Andreato.

Entre as obras selecionadas, está Menino e Bandeira, uma das ilustrações mais icônicas de Andreato. O público poderá conferir também o olhar do artista sobre personalidades como Adoniran Barbosa, Clementina de Jesus, Cartola, Martinho da Vila e Paulinho da Viola. O secretário estadual de Cultura, José Luiz Penna, destacou que a mostra começa na sede do órgão, mas que deve percorrer o estado em outros espaços culturais.

Lançada no mesmo evento, também faz parte das celebrações do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial a 1ª Bienal Afro-Brasileira do Livro (BienAfro). O homenageado desta primeira edição, que ocorre em dezembro, será o abolicionista Luiz Gama.

O foco é a produção literária de afrodescentes nascidos no Brasil e nas Américas, além de escritores do Continente Africano. A BienAfro é apoiada pelo governo estadual, por meio da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O secretário de Cultura disse que as duas atividades marcam a visão do órgão de apoiar a pluralidade cultural. “É uma forma também de dizer que temos interesse pela diversidade cultural. O que nos interessa é essa pluralidade cultural, esse referencial afro-brasileiro transformador da nossa civilização. Queremos discutir isso: a relação com essa influência tão generosa do africanismo sobre a nossa gente”, afirmou Penna.

Camila Maciel

 

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