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Feira de Santana e suas manifestações religiosas.

Monumento do Vaqueiro no Centro de Abastecimento

Igreja Senhor dos Passos

No mês de julho se realiza homenagem à Padroeira de Feira de Santana, Senhora Sant’Ana. No dia 26 acontece uma grande procissão que percorre as ruas principais do centro comercial, conduzindo inúmeras imagens sacras, encerrando com a imagem da Padroeira, acompanhada por filarmônicas, autoridades, políticos e milhares de fiéis. É um verdadeiro espetáculo de fé que tem o seu ápice na praça Monsenhor Renato Galvão, em frente da Catedral.

Igreja da Matriz

Outro momento religioso a ser destacado são os atos da Semana Santa. Na quinta-feira sai a Procissão de Fogaréu, organizada pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, com homens e mulheres (recentemente convocadas) conduzindo tochas e pedindo perdão pelos pecados, ao som seco e ritmado das matracas.

A procissão do Senhor Morto, na Sexta-Feira da Paixão, é outro momento comovente. Os fiéis voltam às ruas para relembrar o sofrimento de Jesus Cristo na salvação do homem.

Igreja Santo Antonio dos Prazeres

Os atos da liturgia é um chamado ao interior de cada um para renovarmos uma aliança de amor e salvação.

Em junho, os frades capuchinhos mantêm a tradicional festa de Santo Antonio, que é antecipada pelo trezenário, o dia 13 é grandioso com a participação de centenas e centenas de romeiros. A grande diferença é a procissão motorizada que sai do bairro Capuchinhos em direção ao centro da cidade, também com a participação dos romeiros vindos de várias partes da Bahia, e até mesmo de outros estados. (CL)

Igreja Senhor do Bonfim (Dristrito de Jaiba)
Igreja São Jose (Distrito de Maria Quitéria)

Festa de Santana

Não se sabe quando se deu a primeira celebração da festa de Sant’ana, mas é possível que se houvesse originado no período colonial, logo depois da construção da capela de Sant’ana dos Olhos D’Água. Por essa época a festa de Sant’ana celebrava-se a 26 de julho, dia de Sant’ana de acordo com o calendário católico. A festa de Sant’ana era promovida e supervisionada pela Irmandade Sant’ana, a maior e mais forte organização, deste gênero, em Feira de Santana- Rollie Popino.

Sant’ana é aquela privilegiada criatura que Deus predestinou e escolheu para ser, na terra, Mãe da virgem Imaculada, Mãe da Mãe de Deus e avó de Jesus Cristo, nosso Salvador.

“Sant’ana, São Joaquim e o glorioso São José estão envoltos no silêncio e na humanidade. Bem pouco deles se conhece. E, no entanto o universo inteiro há séculos não cessa de cantar os seus louvores.

Sant’ana, foi esposa de São Joaquim,um homem de virtudes que estava destinado a ser pai daquela que deu ao mundo o Cristo.”

O primeiro título de Glória de Sant’ana é ter sido a mãe de Maria Imaculada. Deus, quando escolhe alguém para uma tarefa ,dá também a graça necessária para cumpri-la bem. Ele, portanto,encheu de dons a Sant’ana e São Joaquim,aqueles que deviam ser agentes para gerar a obra prima da graça divina que foi Maria Santíssima.

O segundo título de Glória de Sant’ana foi ter colaborado, ao educar sua filha, na obra do Espírito Santo,para fazer frutificar os dons maravilhosos postos por Ele na alma da futura Mãe do Senhor.

O terceiro título de Glória de Sant’ana é ser avó de Jesus. De fato, se a humanidade inteira, e o povo de Israel em particular, foram honrados pela Encarnação do Verbo, quer dizer então dos seus mais próximos parentes?Assim, Sant’ana com São Joaquim recebem culto especial entre os santos. Foi no seu ventre que Deus predestinou Maria a tornar-se Mãe do seu filho, salvação dos pecadores.

Em nossa cidade, a igreja para devoção, foi construída na Fazenda Santana dos Olhos d’Água localizada “a três léguas ao sul do arraial de São José das Itapororocas, junto à principal estrada de boiada que ligava o interior à capital. É a partir dessa fazenda que se origina a cidade de Feira de Santana”. Conforme escritura datada de 18 de setembro de 1732, o tenente Domingos Barbosa de Araújo em sua esposa Ana Brandoa, doaram cem braças do terreno do Alto da Boa Vista para se erguer uma Capela a Santa Ana e a São Domingos.

A capela tornou-se ponto de encontro para o povo do distrito. Em 09 de maio de 1832 o Arraial de Sant’ana dos Olhos D’Água da Feira, com instalação do governo municipal a 18 de setembro de 1833, em solenidade no interior da capela. Pela lei Provincial 234, de 19 de março de 1846, a Paróquia é transferida de São José para a nova sede: a matriz de Sant’ana. Assim, a humilde capelinha, inicialmente vinculada à Paróquia de São José das Itapororocas, sinal da presença de Deus em meio a seu povo, serviu de ponto de referência para a realização da famosa feira do gado, “feira de Sant’ana” que deu origem à nossa cidade.

Carlos Lima

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