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LUIZ ESTEVÃO PODE COMPRAR O CORREIO BRAZILIENSE

Um dos presidiários mais ricos do País quer se reinventar como magnata de mídia. Trata-se do ex-senador Luiz Estevão, dono do Grupo OK e de um patrimônio bilionário em imóveis, que cumpre pena de três anos e seis meses de prisão no regime semiaberto por fraudes na construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, a famosa obra do juiz Nicolau dos Santos Neto, o “Lalau”.

Estevão, que pode deixar o presídio da Papuda durante o dia e voltou a freqüentar bons restaurantes da capital federal (ontem ocupava uma das principais mesas do Lake’s), já fez circular em Brasília o projeto de criar um jornal eletrônico.

Mas, nas últimas semanas, ele também abriu conversas com os Diários Associados, que enfrentam profunda crise econômica, para comprar o Correio Braziliense, o maior jornal de Brasília e um dos mais antigos do País.

Em seus tempos áureos, no governo de José Roberto Arruda, o Correio chegou a receber cerca de R$ 5 milhões por mês em publicidade oficial do Governo do Distrito Federal.

Mas essa era ficou para trás. Em crise financeira, o GDF reduziu seu orçamento anual de publicidade de mais de R$ 200 milhões/ano para pouco mais de R$ 30 milhões neste ano, o primeiro da gestão de Rodrigo Rollemberg, do PSB.

Ainda assim, o Correio seria um instrumento importante nas mãos de Estevão, para quem dinheiro não chega a ser problema. Aliados do ex- senador estiveram envolvidos com a veiculação de denúncias que culminaram com a queda de Arruda, no chamado ‘mensalão do DEM.’

Caso consiga comprar o Correio, terá força para influir na política local (Estevão é um aliado da família Roriz), colocando-se nos calcanhares de Rollemberg.

Nos Associados, a crise também está relacionada às escolhas políticas da família Teixeira da Costa, que preside o condomínio e apoiou de peito aberto os “cavalos errados” — Aécio Neves, na disputa presidencial, Pimenta da Veiga, em Minas, e Arruda, em Brasília.

Tendo perdido todas as disputas, os Associados ficaram à margem do poder em Minas, onde têm o Estado de Minas, e também na capital federal.

O plano inicial do grupo, que já se desfez de ativos do Nordeste, era vender a operação em Minas, para preservar Brasília. Mas dependendo do tamanho do cheque de Estevão, tudo pode mudar.

Fonte: Brasil 247

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