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“Moscou tem o direito legítimo de agir contra Kiev e seus aliados”, diz Breno Altman

BRENO E PUTIN

A decisão do governo de Joe Biden de permitir que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance em território russo gerou apreensão no cenário internacional.

Em um comentário contundente, o editor do Opera Mundi, Breno Altman, manifestou sua preocupação em sua rede social, classificando a decisão como irresponsável e alertando sobre as possíveis consequências geopolíticas. “Será legítimo direito de Moscou responder com todas as armas disponíveis contra Kiev e seus aliados”, afirmou Altman.

A mudança de postura dos Estados Unidos ocorre em um momento em que a guerra na Ucrânia se intensifica.

Autoridades de defesa próximas ao governo ucraniano confirmaram à Reuters que a primeira ofensiva com mísseis de longo alcance está programada para os próximos dias, com o uso potencial de armamentos como os foguetes ATACMS, capazes de alcançar até 306 quilômetros. Esse armamento pode proporcionar à Ucrânia uma capacidade estratégica significativa para atingir alvos em território russo.

Riscos de escalada e implicações globais

A autorização dada por Biden, que antecede a posse do presidente eleito Donald Trump, adiciona um novo elemento à já complexa situação do conflito. Trump, que tem criticado o apoio militar e financeiro dos EUA à Ucrânia, prometeu buscar um fim rápido para a guerra, mas sem detalhar como pretende fazê-lo.

A postura do novo presidente pode influenciar diretamente os rumos dessa decisão, aumentando a incerteza sobre a política externa dos EUA a partir de janeiro.

Moscou, por sua vez, já sinalizou que considera qualquer flexibilização nas restrições de uso de armamentos norte-americanos por parte da Ucrânia como uma escalada direta do conflito, com potencial de transformar os Estados Unidos em um alvo legítimo de retaliação.

Essa resposta, ainda que não oficial, ecoa temores de uma ampliação do conflito para um patamar global, algo que traria consequências severas para a estabilidade internacional.

Reações políticas e dilemas internos nos EUA

A decisão de Biden dividiu opiniões dentro do Congresso norte-americano. Enquanto alguns republicanos defenderam uma postura mais firme para apoiar a Ucrânia em sua resistência contra a Rússia, outros questionaram o impacto financeiro e os riscos de um confronto direto com Moscou.

Essa polarização ressalta a complexidade do envolvimento dos EUA no conflito, um tema que promete ser um dos focos da agenda do novo governo.

A autorização de Biden para o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia representa um movimento audacioso que pode redefinir os rumos da guerra.

Com a possibilidade de retaliações de Moscou e a transição iminente para o governo Trump, o próximo capítulo dessa crise é observado com apreensão por líderes e analistas internacionais.

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