Os Maçons de hoje não são os mesmos de cem anos atrás. A Maçonaria continua sendo a mesma, seus princípios são imutáveis. Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Ela se converteu em propulsora da instrução dos bons costumes entre os seus. Fato que na maioria das vezes, nos tempos e Templos atuais, não são cultuados pelos irmãos.
Não tenho a pretensão de escrever uma crítica ao comportamento de dezenas e talvez, centenas e centenas de Maçons. Mas reconhecemos em nossos Templos, entre colunas, que algo deve ser feito.
Hoje nos deparamos com a cobiça, a vaidade, a falsidade e porque não, com a tirania comportamental de Maçons que esqueceram os seus juramentos, esqueceram seus princípios, esqueceram sua filosofia, esqueceram-se do Grande Arquiteto do Universo.
Falam e agem da boca para fora. São hereges de si mesmo.
A Maçonaria sempre estará presente nas situações de aflição de seus irmãos, não como simples paliativos, mas com ações práticas, matérias e morais, desde que eles sejam verdadeiros Maçons, não aqueles de reuniões festivas, de churrasco, bebidas, falsos abraços, que usam a irmandade apenas para satisfazer seus interesses pessoais.
Todos nós sabemos que os perseguidos políticos, expulsos de suas pátrias e perseguidos pelo ódio e pela violência, nunca bateram na porta dos Templos Maçônicos para não receberem ajuda. E não se tem conhecimento de que a irmandade tenha lhes perguntado qual a religião que professam, ou se não professam religião alguma. Qual o seu partido político ou a sua ideologia.
Sabemos também que na antiga Liga das Nações, foi a Maçonaria que conseguiu fazer acontecer à obra de emancipação social de que hoje desfrutam as massas proletárias em todo o mundo.
E foi no grande Cenáculo de Genebra que o presidente Wilson, Maçon inquestionável em seus atos e ações, apresentou os “14 Pontos”, proposta que poderia ter se transformado no Evangelho das Nações Livres, eliminando as guerras de conquistas e tornando livre a Consciência Humana. As forças antagônicas venceram por pouco e o projeto não pode ser colocado em prática.
Na atual Organização das Nações Unidas foi através da influência Maçônica que se permitiu a codificação da “Declaração dos Direitos Humanos”, assegurando o Bem-Estar de todos e a igualdade de todos perante a Lei.
Não precisamos nos esconder, não atuamos para defender interesses individuais, os nossos princípios são humanitários. Combatemos o vício e a tirania.
Devemos expor a beleza do nosso ideal e o prestígio da instituição. Não podemos e não devemos cultuar as vaidades, elas devem ficar presas nas masmorras da vida.
Não devemos esquecer que Roosevelt, Truman, Eisenhower e Churchill, pronunciaram os seus melhores discursos políticos de repercussão mundial, dentro dos Templos Maçônicos e que foram transmitidos, naquela época, pelas ondas de rádio para milhões e milhões de pessoas.
A Maçonaria não tem porque envergonhar-se ao se apresentar ao mundo profano, mas, os verdadeiros Maçons, podem se envergonhar ao identificar alguns irmãos.
Quem deve se envergonhar de se apresentar ao mundo é aquele que mesmo portando as insígnias Maçônicas, pode ser tudo, menos um verdadeiro Maçon.
Fonte: Carlos Lima