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Verdades que viraram lembranças/por Marialvo Barreto

Seabra quando não tinha energia esse era o antigo bar do Zezito em frente a Prefeitura

Não estudei em escola de tempo integral, mas tinha todo o meu tempo super ocupado e aprendi.

Aprendi na escola e fora dela:

1) Trabalhos escolares em equipe aconteciam frequentemente – nos reuníamos nas casas dos colegas, com lanches de bolo, avoador, biscoito joão duro, café… ;

2) Educação física era obrigatória e no turno oposto duas vezes por semana – no frio de Seabra, 6 h da manhã estávamos lá, batendo queixo;

3) O ciclo anual da natureza conhecíamos na prátrica – na seca, época da moagens de cana, os grupos de meninos visitavam os engenhos, cada um com uma varinha de madeiras raspada para ser mergulhada no melaço e virar um pirulito de rapadura;

4) Nas trovoadas as pescarias de traíra, piaba, corró, jundiá, iuiu e piau, com as cheias dos rios do Cochó e Campestre. Época de muitas frutas e fartura de mangas no Barreirinho, no Barro Vermelho e nos quintais (pular muro era quase um esporte).As uvas de D Jandira e de Prisa como eram doces! ;
5) as quadraturas da lua definiam nossas noite. Na lua cheia brincadeiras nas ruas até tarde;

) as luzes da cidade e das casas acendiam ao escurecer e apagavam às 22h, quando desligavam o motor à diesel. 21:45 h a luz piscava. Era um sinal fatal para as moças irem p casa – para não ficarem mal faladas;

7) a praça era nossa à noite, local dos encontros e namoros. E chegou o sinal de TV. A prefeitura botou uma tv na praça que ligava à noite. Tinha dia que a tela era só chuvisco, mas quem ligava!.. Importante era está ali, agrupado;
garimpávamos cristal de rocha para vender lascas e ter grana p ir ao cinema. O dólar furado e Dio como ti amo perdi a conta de quantas vezes assisti – que doce a Gigliola Sinquetti;

9) havia um enorme medo de perder de ano na escola, para não perder vaga no ano seguinte e não “cair no couro” em casa; etc..
Só lembranças, viu!..

Marialvo Barreto

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