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Aprova pelo Vaticano novas regras sobre autenticação e conservação de relíquias

Relíquia dos beatos Luis e Celia Martin | Foto: Paróquia de Santa Maxellende

O Vaticano publicou neste sábado (16) novas regras para a autenticação e conservação de relíquias santas, na tentativa de enfrentar o crescente problema da venda desses itens em plataformas online e também em rituais de sacrilégio.

Durante séculos, os católicos veneraram partes do corpo e das vestimentas de santos, que seriam uma espécie de “templo vivo do Espírito Santo”.

As novas regras incluem, por exemplo, referências à veneração das cinzas de santos, refletindo uma crescente popularidade deste tipo de ritual. A cremação foi, durante anos, um método desaconselhado pela igreja católica, que só passou a permiti-la após os anos 1960.

De acordo com o Monsenhor Robert Sarno, que integra a Congregação para as Causas Santas do Vaticano, as novas regras também procuram coibir práticas como a venda desses itens na internet.

No site de vendas online eBay, uma busca pelo termo “relíquias sagradas” retorna quase 2 mil entradas, incluindo uma ampulheta que supostamente conteria o leite retirado da Virgem Maria. O item custa US$ 3 mil. Outra novidade é a regra que impede autoridades da Igreja de iniciarem o processo de certificação da relíquia sem o consentimento dos herdeiros da pessoa falecida.

Ela ainda estabelece regras para a exibição itinerante dos itens. A veneração de relíquias não é uma prática exclusiva do catolicismo. No Palácio Topkapi, em Istambul, o cabelo e o dente do profeta Maomé estão preservados juntamente com seu manto e uma bandeira. As relíquias de Buda estão guardadas em templos em toda a Ásia.

 

 Dow Jones Newswires

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