O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira, 7, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, que “acabou” com a Operação Lava-Jato “porque não tem mais corrupção no governo”.
Bolsonaro ainda disse ter “orgulho” disso, mas acrescentou que “não é virtude, é obrigação”.
“Eu desconheço lobby para criar dificuldade para vender facilidade. Não existe. É um orgulho, uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava-Jato.”
“Eu acabei com a Lava-Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”, afirmou o presidente.
A verdade omitida por Bolsonaro é que a prerrogativa de encerrar os trabalhos da Operação Lava Jato não são suas, nem do Poder Executivo, mas sim da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Existe a possibilidade de encerramento da força-tarefa em janeiro de 2021, como previsto pela PGR.
O futuro da Lava-Jato é incerto e no momento ainda há uma série de investigações em andamento.
Por isso, procuradores tem se mobilizando pela continuidade da operação, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo.
Além disso, o procurador da Lava Jato Roberson Pozzobon afirmou, durante entrevista à CNN Brasil em setembro, que “é impossível” encerrar a Lava-Jato até janeiro com mais de 400 investigações em curso.
Vale destacar que para se eleger, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro se apoiou na força-tarefa e fez diversos elogios públicos à Lava Jato.
Ele disse apoiá-la e indicou o então juiz Sergio Moro – que atuava em Curitiba nos processos da operação – como ministro da Justiça e Segurança Pública.
RCL