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Bolsonaro era chamado no Exército de “bunda-suja”

Bolsonaro conhencido bunda suja

Na corporação na qual Bolsonaro estava designado ele era chamado de “bunda-suja”, termo usado pelos militares de alta patente para designar os que não galgaram posições na carreira.

O presidente eleito deixou um passado de insubordinação que a alta hierarquia não esquece.

Em 1986, Bolsonaro escreveu um artigo em VEJA reclamando dos salários e benefícios dos militares.

No ano seguinte, uma reportagem, também de VEJA, revelou que ele urdira um plano para explodir bombas em locais públicos e chamar a atenção do Exército para seu pleito de aumento do soldo militar (fato que ele nega até hoje).

Um processo foi aberto para investigar o caso e Bolsonaro foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar, numa decisão que ainda é contestada.

Mas as marcas do episódio ficaram nos arquivos do Exército, onde Bolsonaro é tido como um militar dado a “proselitismos políticos”.

Leia a opinião do general Ernesto Geisel sobre Bolsonaro:

Presentemente, o que há de militares no Congresso? Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mal militar.

Sobre Bolsonaro, o ex-ministro Jarbas Passarinho dizia:

“Se alguém me procurar sobre isso, eu me recuso a dar opinião. Recuso porque eu tenho por ele uma verdadeira idiossincrasia. Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM). O ministro (do Exército), que era o Leônidas (Pires Gonçalves), rompeu com esse general por causa disso (em 1986, Bolsonaro liderou um protesto pelo aumento do soldo dos militares). Ele começou a se projetar quando aluno da escola de aperfeiçoamento de capitães. Deu uma entrevista falando dos baixos salários que nós recebíamos.

NP

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