Tempo - Tutiempo.net

Homem ficou com grande buraco na cabeça após usar pomada “alternativa” para curar câncer de pele

Um homem australiano, de 55 anos, entrou em um hospital de Brisbane com uma grande lesão na têmpora direita, depois de supostamente usar uma pomada preta de “medicina alternativa”.Um homem australiano, de 55 anos, entrou em um hospital de Brisbane com uma grande lesão na têmpora direita, depois de supostamente usar uma pomada preta de “medicina alternativa”.

Os médicos do Departamento de Emergência ficaram chocados quando o homem entrou na enfermaria. Ele estava usando um “forte analgésico narcótico usado para aliviar a dor”, para combater a agonia de um câncer de pele e os médicos, ao verem o buraco, acreditaram que ele teria de operar. No entanto, ele foi mandado para casa para cuidar da ferida com instruções apropriadas e ficou totalmente curado dentro de três meses.

 

A pomada, também conhecido como “drawing salve”, contém sanguinarina, e é muitas vezes misturada com cloreto de zinco, funcionando como uma substância corrosiva. A pasta é usada para tratar áreas específicas, como cicatrizes e, por vezes, o câncer de pele. O creme, na embalagem, alega destruir o tecido de pele superficial, que cai posteriormente, nascendo uma nova no lugar.

 

Essas pastas negras foram populares no início dos anos 1.900 para tratar lesões de pele, mas têm sido listadas como um “falso tratamento do câncer” pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, desde 2004, e a organização está tentando de todos os jeitos proibi-las no território americano.

 

Na Austrália, a Therapeutic Goods Administration (TGA) condenou as pomadas em 2012, mas ainda não estão proibidas. No entanto, as advertências não têm parado quanto ao uso generalizado dessa pomada.

 

“Eu acho que ela é muito mais usada do que imaginamos”, afirma dermatologista, Dr. Erin McMeniman. ” Os pacientes, muitas vezes, não revelam onde conseguiram a pomada, e os dermatologistas acabam presenciando casos com complicações maiores. Se os danos não forem tratados, eles se alastram pelas regiões próximas, gerando problemas muito graves para o paciente”, reitera o dermatologista.

 

Fonte: Jornal Ciencia/ Harlene Teixeira/ foto: web.

OUTRAS NOTÍCIAS