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Jungmann: Governo monitora presídios e não vê risco de rebeliões em cascata

Ministro da Defesa, Raul Jungmann

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o governo federal está monitorando a situação dos presídios em todo o país. Ele afirmou que não há risco de efeito cascata de novas rebeliões depois do episódio no complexo prisional de Aparecida de Goiânia, que deixou 9 mortos e 99 presos foragidos.

Segundo Jungmann, esse monitoramento é feito por setores de inteligência da Polícia Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Neste mesmo período, no ano passado, houve rebeliões em série em vários presídios do país. Confrontos entre facções resultaram em massacres em cadeias de Amazonas, Roraima e Rio Grande Norte. No governo federal ainda paira o fantasma desses massacres em sequência, que pegaram de surpresa até mesmo o Palácio do Planalto.

Apesar do monitoramento constante, Jungmann reconhece que os presídios permanecem como “moradia do crime organizado”.

“Essas crises em presídios são periódicas. O sistema prisional é uma peneira onde tudo passa”, citando a entrada irregular de celulares, drogas, entre outros itens proibidos.

Ainda de acordo com o ministro, um levantamento por amostragem com 33 varreduras em presídios de 7 estados identificou que a metade dos detentos possuía uma arma. Em sua maioria, armas brancas, como facões e peixeiras.

“As grandes facções surgiram dentro do sistema penitenciário. Seria dentro dos presídios onde o Estado deveria exercer seu maior controle, mas é justamente o contrário que acontece. É de lá que saem as ordens das facções criminosas para ações do crime organizado fora dos presídios”, completou Jungmann.

 Gerson Camarotti

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