Que o ser humano adora passar o tempo com brincadeiras e jogos de tabuleiro não é novidade. Pinturas datadas de milênios antes de Cristo já mostravam pessoas manipulando artefatos similares a um jogo de xadrez.
Não é possível ter certeza de quando exatamente os jogos de tabuleiro nasceram, mas sem dúvida eles já estavam bem evoluídos quando começaram a ganhar o grande público no século 19, na Inglaterra.
Um livro lançado em novembro do ano passado, entitulado “Jogos de Tabuleiros Georgianos e Vitorianos: A Coleção Liman” (Georgian and Victorian Board Games: The Liman Collection), reúne cerca de 50 tipos diferentes, todos lançados entre o final do século 19 e o início do 20.
Impressionantemente bem conservados, os exemplares foram adquiridos pelos colecionadores Arthur e Ellen Liman durante várias décadas em leilões online, mercados das pulgas de diversas cidades e vendas de jardim.
Com sorte de não terem encontrado um Jumanji, os Liman basicamente reuniram de tudo e dividiram a coleção por temas.
Ensinar de forma lúdica não é coisa de escola moderninha dos anos 2000. Muitos dos jogos de tabuleiro encontrados pelos Liman tinham já esse propósito: fazer os jogadores se divertirem e de fato aprenderem algo, o que, além de ser apelativo para as crianças, convencia os pais.
E é possível encontrar de tudo: jogos instrutivos que estimulam a memorizar fatos históricos e científicos, que demandam cálculos e fórmulas, que ajudam a fixar conhecimentos de história e geografia, jogos voltados a incentivar valores morais, virtudes e combater vícios. E, é claro, aqueles que não incentivavam nada além da diversão.
Lucas Braz