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Péricles diz que Funk e sertanejo aprenderam muito com organização do samba

Foto: Divulgação

Cantor se prepara para lançar disco e estreia turnê dirigida por Lázaro Ramos. Ele fala ao G1 sobre convite ao ator e nova geração do pagode.

Dos tempos de Exaltasamba até hoje, Péricles viu o pagode cair algumas posições nas listas de músicas mais ouvidas do Brasil.
Mesmo assim, diz não acreditar em uma derrota do gênero para o funk e o sertanejo.

Os dois há anos se revezam no topo, com uma ajudinha do que aprenderam com os colegas, na opinião dele. O cantor explica ao G1:

“O funk e o sertanejo aprenderam muito com a organização que o samba tinha e tem até hoje. [Aprenderam a] buscar a melhor maneira de colocar suas músicas em todos os lugares.”

Para ele, a principal lição tem a ver com “profissionalização”. O investimento na qualidade dos shows e no visual, por exemplo: coisas que fazem o artista ser visto com bons olhos.

O pagodeiro sabe bem como pôr em prática essa cartilha. Com o fim do Exalta, em 2012, não perdeu seus fãs fiéis. Soube se reinventar e conquistar um novo público na internet, onde se mantém perto dos memes e longe de polêmicas.

Agora, se prepara para lançar o quinto álbum solo, “Em sua direção”, com influência de country americano, participação de Alcione e faixa composta por Thiaguinho, seu ex-companheiro de banda.

“Esse trabalho fecha uma trilogia iniciada com o ‘Feito pra durar’ [de 2015]. É uma maneira de nos firmarmos musicalmente. Estamos conseguindo mostrar para os fãs tudo aquilo que imaginamos”, diz, sempre no plural.

Turnê com Lázaro Ramos

Amostras do disco devem aparecer na nova turnê do cantor, que estreia neste sábado (6) em São Paulo. A direção é de Lázaro Ramos.
“Foi um convite que surgiu da minha necessidade de ser dirigido.

Até então, eu sempre me dirigi. Mas é importante ter a visão teatral. Pensamos em vários nomes, mas o Lázaro é o que tinha mais a ver”, conta.

O show paulista terá participação de Karin Hils, do Rouge, girl band do início dos anos 2000 cuja popularidade foi ressuscitada recentemente, pelo sentimento de nostalgia, mas também por ter conseguido reformular seu som.

Aberto a parcerias, Péricles se diz um entusiasta da nova geração da música, especialmente do samba, “esse grande campo que recebe todo mundo bem”, na definição dele.

Elogia nomes como o da banda Atitude 67 e dos cantores Ferrugem e Dilsinho, que têm conseguido fortalecer a conexão do gênero com os jovens.

“É difícil viver de música no país. Mas sempre lutei pra que a gente pudesse ter um panorama como o de hoje, com os artistas buscando se organizar para fazer suas músicas chegarem o mais longe possível.”

Carol Prado

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