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Rappi diz que apura fatos sobre morte de entregador do aplicativo

Rappi diz que apura fatos sobre morte de entregador do aplicativo. Foto: AFP

 A Rappi diz que está apurando os fatos e revisitando os processos que envolvem a morte do entregador Thiago de Jesus Dias, que sofreu um AVC depois de realizar uma entrega pelo aplicativo a uma cliente no sábado (5) em São Paulo.

A cliente Ana Luísa Pinto publicou em uma rede social um texto em que relata o mal súbito do trabalhador. Em um trecho, faz menção à falta de sensibilidade da empresa ao receber a notícia.

“Entramos em contato com a Rappi que, sem qualquer sensibilidade, nos pediu para que déssemos baixa no pedido para que eles conseguissem avisar os próximos clientes que não receberiam seus produtos no horário previsto”, escreveu na rede social.

Segundo Ana Luísa Pinto, outras ligações foram feitas à empresa e ao serviço público de saúde, sem sucesso no auxílio ao motoboy.

Em nota, além de informar que apura os fatos e que se solidariza com a família de Dias, a empresa orienta os clientes a acionarem autoridades competentes em situações relacionadas à saúde ou segurança de entregadores.

Muitos criticaram a postura da empresa nas redes sociais. Outros defenderam que não era responsabilidade dela socorrer o trabalhador.

O que difere esse caso de outros relacionados a incidentes de saúde e segurança no trabalho é que não há vínculo empregatício na relação entre prestadores de serviço e empresas que se denominam “compartilhadas”, como Uber e iFood, o que ainda suscita debate em vários países.

Há poucos dias, entregadores da Rappi queimaram mochilas em Bogotá, cidade-sede do aplicativo, na Colômbia, exigindo melhores condições de trabalho.

O mesmo aconteceu em relação ao aplicativo Glovo na Espanha em maio. Ciclistas fizeram intensas manifestações depois que um entregador morreu atropelado. O fato foi o estopim para que pleiteassem maior remuneração e melhores condições de trabalho.

FolhaPress SNG

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