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A ganância econômica do judiciário brasileiro não obedece limites nem capitula diante do imponderável: Por Sérgio Jones

verdade

Diariamente nos deparamos com notícias das mais estapafúrdias possíveis.

Detentores de uma fome gigantesca, quando se trata de acumular riquezas, as podres e carcomidas elites brasileiras se empenham em uma luta fraticida para manter as suas regalias sem levar em conta as necessidades de milhões de brasileiros que sofrem devido à gula destas bestas que são insaciáveis na busca pelo vil metal.

Só a título de esclarecimento, citamos o caso dos magistrados brasileiros que deveriam ser exemplos no trato dos valores morais e sociais, são eles os primeiros a darem um péssimo exemplo de mesquinhez e extrema ganância quando se trata de defender  seus sórdidos interesses.

Vejamos o caso do juiz Marcelo Bretas. Ele tornou-se uma “celebridade” há cerca de um ano por suas sentenças duríssimas na Lava Jato, pelas citações bíblicas nas mesmas sentenças, pelo gosto pelas redes sociais e por se apresentar como paladino da moralidade e um empedernido patriota.

Nunca é demais lembrar que o excesso de patriotismo, segundo tem demonstrado a história, tem sido considerado como o último refúgio dos canalhas.

No entanto, apesar de ele a e mulher, Simone Bretas, também juíza, receberem mais de R$ 60 mil reais mensais, foram à Justiça para “exigir o direito” de ambos receberem o auxílio moradia no valor de R$ 8.754,00 mensais, apesar de morarem e terem apartamento próprio no Rio de Janeiro, onde residem.

O “ínclito” Bretas defendeu seu “direito” e o da mulher à mamata num tuíte, apesar de resolução do Conselho Nacional de Justiça haver regulamentado o assunto em 2014 e vetado o auxílio moradia para juízes que têm residência na cidade onde trabalham.

Eles não só brigaram para receberem os recursos indevidos como ainda entraram numa queda de braço com Bradesco para reajustar o aluguel de um de seus imóveis próprios no Rio de R$ 10.685,80 para R$ 20 mil.

Isso e ainda contar os R$ 907,00 que o casal recebe como auxílio alimentação – o que cada um se apossa só em auxílio alimentação já é bem superior ao teto do benefício do Bolsa Família. Somados, os dois benefícios compõem o Bolsa Juiz do casal: R$ 9.661,00 mensais.

Esta triste realidade, deixa claro a existência de duas formas de focar o nosso país, a relação com as pessoas e o Estado.

Enquanto os meros mortais entendem que os recursos do Estado são finitos. Bretas e sua mulher transitam fagueiramente pela contramão da história, e demonstram serem detentores de uma sede insaciável pelo acúmulo de capital.

Exemplo da existência das poucas famílias abastadas no Brasil, para eles, os recursos públicos são um espólio de guerra – da guerra contra pobres- sobre o qual avançam com uma fome pantagruélica.

Este casal extrai mensalmente pelo menos R$ 80 mil do Estado direta ou indiretamente. Mas o que fica evidenciado é que sanha selvagem destas pessoas, pelo capital, não respeita limites. Medidas bestiais como estas ampliam o fosso existente entre os ricos e os pobres, entre nós e eles.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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