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A ideia de liberdade é uma abstração burguesa/ Por Sérgio Jones*

Polícia questiona a sua liberdade

Liberdade, em tese, significa o direito de agir do cidadão segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa.

Os defensores burgueses alegam de que nos tempos atuais estamos mais livres do que nunca e é justamente quando sofremos uma ameaça maior de perdê-la.

O que considero uma inverdade e nada soa tão falso quanto essa assertiva. Também não é verdadeiro ser este, inimigo indefinido e difuso, ele é bem real.

Da mesma forma em que não podemos e nem devemos esquecer que a tão propalada liberdade não se efetiva na prática para significativa parcela da humanidade.

 Humanidade esta, que se encontra em plena indigência social. Resultado da ausência de governos que se reflete na falta de saúde, educação, segurança, empregos e inúmeras outras mazelas, tão típicas do modelo econômico capitalista, que tem como objetivo a busca do lucro em detrimento do social.

O seu conceito é fluídico e não se aplica de forma isonômica. O modelo econômico escravocrata é uma demonstração inequívoca da história de que a liberdade é relativa, só existe para atender interesses de poucos, ou seja, de um reduzido segmento de privilegiados que podem bancá-la e usufruir destas premissas.

A tão propalada liberdade é um sentimento concreto para poucos, e abstrato para a imensa maioria dos cidadãos.

O homem que não dispõe do mínimo recurso que lhe permita viver com dignidade, não se pode afirmar que tal ser possa gozar de qualquer tipo do que se costuma denominar como liberdade.

A palavra pode ser bonita e atraente para alguns, mas não deixa de ser uma retórica vazia e desconstituída de sentido prático, para muitos.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

 

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