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A MAÇONARIA E AS OFICINAS

Oficina, foto de arquivo

As reuniões que ocorrem nas Lojas Maçônicas têm as suas especificidades ritualísticas conforme o rito adotado. Entretanto todas seguem três princípios: abertura dos trabalhos, desenvolvimento dos trabalhos e encerramento dos trabalhos.

Não será preciso detalhar, hoje em dia não existem segredos na Maçonaria. Na internet se souber pesquisar tudo será encontrado, principalmente as informações dos desinformados e inimigos da Ordem, a opção é de cada um.

Vamos ao segundo ponto.

Com relação ao desenvolvimento dos trabalhos eles estão compactados em: Expediente;  Bolsa de Proposta e Tronco de Beneficência; Ordem do Dia; Instrução e quarto de Hora de Cultura; Palavra a Bem do Quadro ou da Loja em Particular; e Palavra da Ordem e do Rito.

Os posicionamentos de que esse momento da Oficina parece ser uma coisa muito chata, na maioria das vezes, surgem a partir do desgaste temporal de cada maçom. Quando deveria ser o contrário, porque estamos numa escola filosófica e operativa, portanto o aprendizado é permanente.

Quem mais acumulou conhecimentos tem a obrigação de passar esses conhecimentos para os demais, principalmente os aprendizes e companheiros.

E como sendo uma escola de aperfeiçoamento o tempo para o trabalho de desenvolvimento é de acordo com o crescimento intelectual e espiritual da Loja.

As instruções, os trabalhos e as participais serão definidas dentro de tempos previamente estabelecidos para essa segunda parte da Oficina.

Todos devem se manifestar e expressar suas posições e entendimentos, se o tempo não for suficiente, na próxima Oficina será concluído. Essa é uma escola de líderes e aperfeiçoamento de caráter.

Outra cobrança que se faz é porque não se discute religião e política nas Oficinas.

Para responde essa questão vou me valer de um texto publicado por Paulo M. do Blog da Grande Loja Legal de Portugal / GLRP

– “Quanto ao interesse de uma maçonaria crente numa Entidade Superior, e o facto de essa mesma Entidade não poder ser discutida, é fácil de explicar e de entender. Não é difícil de imaginar que um judeu, um hindu, um cristão, um animista e um muçulmano tenham em comum entre si coisas que não têm em comum com um ateu ou com um agnóstico: todos eles creem no sobrenatural, e na existência de uma Entidade Superior a quem devem a existência e cuja vontade procuram satisfazer. Agora, não tentemos ser mais específicos do que isto, ou estaremos condenados a intermináveis discussões sobre o número de anjos que cabem na cabeça de um alfinete… A diversidade de crenças deve ser enriquecedora, e permitir que cada um tenha a oportunidade de se aperceber de posições diversas da sua, sem ter sequer que defender a sua posição de uma posição diferente; pretende-se, isso sim, que constitua uma circunstância pedagógica da alargamento dos horizontes e de aumento da tolerância em face das diferenças.” (Paulo M.)

Em minha Loja ARLS Estrela da Paz n° 10, temos um irmão que em todas as reuniões no quarto de instrução e cultura faz uma pergunta do Ritual de Aprendiz, que normalmente provoca  explicações,  tira dúvidas e enriquece o conhecimento.

É um fato do que esclarece e da segurança ao saber, entretanto para os mais antigos aborrece. Não deveria ser assim, Estudar, ensinar, polir a pedra bruta e depois construir aborrece?

Os trabalhos apresentados, por muitos irmãos aprendizes, são tirados da internet, quase todos, copiados e colados, mas esse fato é compreensível, eles estão em posição de neófitos da Maçonaria, cabe aos mestres à orientação para que os trabalhos sejam pesquisas e contenham, também, textos da sua própria verve ou até mesmo uma interpretação do que foi absolvido por ele na pesquisa realizada.

Nunca desestimular ou diminuir o trabalho por ser ter sido uma cópia da internet. Não tenham dúvida de que o ato já foi uma prova de interesse, curiosidade e vontade de conhecer.

Jamais podemos esquecer que o Aprendiz tem sua bagagem de conhecimentos, na grande maioria são acadêmicos.  No momento nos desconhece. Desconhece a nossa história, nossos ritos e a filosofia Maçônica.

Entretanto existe uma quantidade razoável de Maçom que nem a própria Maçonaria conhece independente do tempo de iniciação.

Carlos Lima – ARLS Estrela da Paz n° 10 – GOBA

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